Ao fim do evento, os gestores divulgaram uma carta aberta em coletiva de imprensa. Participaram do encontro os governadores da Bahia, Rui Costa; de Alagoas, Renan Filho; do Ceará, Camilo Santana; do Maranhão, Flávio Dino; da Paraíba, Ricardo Coutinho; do Piauí, Wellington Dias, de Pernambuco, Paulo Câmara e do Rio Grande do Norte, Robinson Faria. Próxima quarta, dia 17, os governadores irão reunir-se com o presidente Michel Temer, em Brasília, para aprofundar o debate.
Rui Costa destacou a importância desse fórum para garantir mais desenvolvimento para os estados que compõem a região. “O objetivo é unificar o Nordeste em pleitos e ações. Vamos discutir a possibilidade de unificar a previdência complementar. A Bahia foi o primeiro estado a implantar e estamos abertos a disponibilizar esse sistema para todo o Nordeste. Além disso, discutimos os empréstimos que o governo federal assumiu o compromisso de liberar e ainda não aconteceu e o cumprimento dos depósitos judiciais”, disse Rui, que propôs a criação de um fundo previdenciário entre os estados da região, o PrevNordeste.
A medida busca o saneamento do crescente déficit previdenciário dos Estados, ao limitar os proventos ao teto do Regime Geral de Previdência Social, oferecendo aos servidores a vantagem de manter a contrapartida do Estado nas contribuições ao novo fundo. Para Belivaldo, a proposta irá capitalizar a economia local.
“Essa é uma proposta excelente e que foi acatada por todos. Além da criação do Fundo Previdenciário, acertamos reunião com o presidente e deputados federais e senadores para cobrar a abertura de crédito para os estados, que não tem ocorrido. Foi discutida, inclusive, a possibilidade de ação na justiça para garantir os direitos dos estados nordestinos”, afirmou.
Para o governador do Piauí, Wellington Dias, o fórum é importante por estar sempre em sintonia com as pautas nacionais. “Aqui discutimos medidas, projetos e investimentos voltados para fazer o Nordeste e o Brasil retomarem aceleradamente o crescimento. E não há crescimento se não houver a condição de investimento público como âncora para que seja possível a integração com investimentos privados dos vários setores”, disse.