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Autoridades educacionais apontam como os dados podem mudar os rumos da educação brasileira

Por assessoria

Nesta segunda-feira, dia 18, gestores de instituições nacionais ligadas à educação discutiram como os dados e evidências podem ser utilizados na implementação de políticas públicas e contribuir para o avanço da educação básica brasileira. O tema foi abordado em um webinar realizado pela Cátedra Sérgio Henrique Ferreira (USP Ribeirão Preto) em parceria com a Data Learnig Analytic, empresa especializada em processamento e análise de dados educacionais. Durante os debates, lideranças de entidades que congregam gestores da educação pública evidenciaram como os dados são aliados na tomada de decisões assertivas dentro dos sistemas educacionais.

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Martins Garcia, expôs dados levantados durante a pandemia da covid-19. Ele citou, por exemplo, que em agosto deste ano cerca de 95% das escolas já tinham concluído o ano letivo de 2020 e iniciado o ano letivo de 2021, ao passo que quase 100% dos seus professores já tinham sido vacinados com ao menos a 1ª dose. No entanto, não houve evolução na acessibilidade às tecnologias educacionais.

“Temos 25% dos professores com muita dificuldade ou nenhum acesso, mais de 50% de alunos nessa mesma situação. Como fazer a recomposição da aprendizagem sem garantir o uso de instrumentos tecnológicos fundamentais para a educação híbrida?”, questionou Luís Miguel, ilustrando como os dados podem nortear a gestão educacional alinhada ao contexto específico de cada sistema.

A mesa-redonda “A importância dos dados para a tomada de decisões em educação” foi mediada pelo professor Mozart Neves Ramos, titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira, e contou com a participação da presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Castro, e do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Ângelo.

Segundo o professor Mozart, ainda nos cursos de licenciatura não se trabalha a questão da política pública da educação com base em dados, embora a educação básica já faça uso consistente dessas informações. “Os alunos saem dos cursos em geral sem essa cultura e vão aprender somente depois, quando precisam dessas informações por alguma razão”, observou.

Atlas da Educação

Além de três mesas de debates com autoridades educacionais, o webinar foi marcado pelo lançamento do Atlas da Educação – Cidades Médias, portal que reúne, em séries histórias da última década, os cenários educacionais e socioeconômicos dos 587 municípios brasileiros classificados como de médio porte, segundo o estudo Regiões de Influência das Cidades – REGIC 2018 –, realizado pelo IBGE.

Segundo a presidente do CNE, Maria Helena Castro, grande parte da matrícula da educação básica brasileira está nas cidades contempladas no Atlas. Nesse sentido, ela enfatizou que os dados mudaram o rumo das políticas educacionais no país. “Eles nos ajudam a pensar os desafios imediatos da educação, principalmente, monitorando as redes escolares e produzindo subsídios para que se consiga estabelecer políticas de recuperação da educação no país”, afirmou.

Modificado em 18/10/2021 15:26

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