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Através de inquérito civil, MP quer detalhes das OS da saúde de Aracaju

João Alves: apostando na ideia

Por Joedson Telles

O prefeito João Alves Filho (DEM) até que gastou a retórica, mas não conseguiu persuadir o Ministério Público do Estado (MPE) que pode confiar de olhos vendados na chamada Organização Social (OS), que será implantada na Saúde Municipal de Aracaju, gerindo unidades de saúde. Nesta sexta-feira 24, coube a atuante promotora Euza Missano puxar o freio de mão da Prefeitura de Aracaju, ao anunciar que o MP, através de inquérito civil, passará um pente fino nas pretensões do novo prefeito.

A promotora explicou que já designou audiência para o próximo dia 3 de junho, quando as partes interessadas serão ouvidas. Ou seja, os gestores, o Conselho Municipal de Saúde, e representantes dos médicos, claro. “Assim, o Ministério Público poderá fazer uma avaliação real do que acontecerá, e qual é a pretensão do Município (de Aracaju) com projeto aprovado”, disse Euza Missano.

Ao mandar o Projeto de Lei à Câmara Municipal de Aracaju, onde foi votado e aprovado, o prefeito João Alves, que tem maioria naquela Casa, assegurou que a medida possibilitará ao município oferecer uma saúde de mais qualidade ao aracajuano. Também garantiu que nenhum servidor da saúde seria demitido. A oposição optou por pregar o contrário mesmo assim.

“Isso é mentira de alguém que faz por ignorância ou por má fé. Quem conhece a minha história de vida, sabe que nunca demiti nenhum servidor público”, disse o prefeito ontem, ao ser entrevistado na TV Atalaia. Seguro quando ao sucesso da medida, João chegou a mandar um recado aos adversários políticos, que criticam a ideia: disse que foi eleito para administrar os interesses da população. “Não fui escolhido para ser prefeito lobista”.

O prefeito disse também que “essas pessoas” estão fazendo lobby com interesses particulares. “As OSs vêm atender as necessidades do povo pobre, que é quem realmente precisa de atenção. O que o povo quer é eficiência. As duas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) que vamos transformar em OS, serão referência de qualidade. Isso, sim, é que é essencial à população”, garantiu João aos telespectadores da TV Atalaia. O MPE quer atestar isso in loco.

Modificado em 24/05/2013 18:46