body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

As mortes no trânsito e a banalização do assustador

Acidentes: a cada semana nova lista

Por Joedson Telles

Vejo no portal F5 News que nada menos que 15 pessoas morreram em Sergipe, apenas no último final de semana, vítimas de acidentes de trânsito. Algo assustador, mas, paradoxalmente, que parece também banalizado. A exceção de familiares e amigos, poucos se dão ao luxo de refletir sobre a gravidade. Não são 15 pessoas mortas numa guerra, o que já seria lamentável. Não são 15 corpos no IML vítimas de homicídio, latrocínio ou mesmo uma chacina provocada por uma quadrilha de assassinos frios. Tudo isso seria lamentável e preocupante também, evidente. Mas são pessoas e mais pessoas morrendo no trânsito todos os dias – onde se não houvesse cachaça, irresponsabilidade, imprudência…  a maioria, sem dúvida, poderia ser evitada. No trânsito não há a intenção de um condutor matar o outro – ou mesmo a marginalidade em ação. É pura insanidade mesmo, salvo as exceções das fatalidades.

Quem dirige atesta muito bem como estes três “chama morte” (cachaça, irresponsabilidade, imprudência) estão  presentes em muitos condutores, já no trânsito da cidade. Verdadeiros insanos, sobretudo motociclistas, que arriscam suas vidas e a de terceiros sem aparente necessidade alguma. Dificilmente um apressadinho destes transporta uma pessoa passando mal ou está indo dar socorro a alguém. É irresponsabilidade mesmo.

Creio que no momento em que a polícia de trânsito for prioridades dos governos poderemos evitar muitas mortes no trânsito. A chamada Lei Seca é excelente. Tem funcionado. Mas é preciso mais. Em se tratando de Sergipe, por exemplo, precisamos de mais policiais de trânsito nas ruas, educando e multando os infratores. E seria uma grande injustiça dizer que o descaso começou neste governo.

No dia em que a política de educação funcionar nas vias da cidade, certamente, essa educação perpassará às rodovias, que, no mínimo, diminuirão a fama de palco da morte. Mas, sem isso, lamentavelmente, é só esperar: a cada novo final de semana, mais uma lista de pessoas mortas em acidente de trânsito cujos corpos estarão na geladeira do IML.

Modificado em 07/10/2013 10:06