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Após vitória, Jackson afirma que seu discurso foi compreendido pela população

Por Joedson Telles

Após ser eleito governador do Estado com 537.793 mil votos – o que representa 53, 52% dos votos -, o chefe do Executivo sergipano, Jackson Barreto (PMDB), ao conceder sua primeira entrevista após o resultado das urnas, demonstrando que ainda não desceu do palanque, alfinetou os adversários, ao relembrar o discurso da sua campanha, pregando ser o lado do bem e os adversários o do mal. Jackson ainda se queixou da linha editorial de determinados veículos de comunicação de Sergipe.

O governador também voltou a afirmar, caso o senador Eduardo Amorim (PSC) vencesse o pleito, Sergipe viraria um balcão de negócios. “O nosso discurso foi compreendido: queremos cuidar da nossa gente e do futuro do nosso estado”, enfatizou, atribuindo sua vitória à soberania do povo. Jackson, e seu vice-governador, Belivaldo Chagas (PSB), tomam posse no dia 1º de janeiro de 2015. Como assumiu o Governo do Estado com a morte do saudoso Marcelo Déda, Jackson não terá direito à reeleição.

 

Biografia de Jackson Barreto

Jackson Barreto de Lima (PMDB) é sergipano de Santa Rosa de Lima, município onde nasceu no dia 6 de maio de 1944.

Filho do bodegueiro Etelvino Alves de Lima e da professora Neuzice Barreto de Lima, aos 14 anos de idade passa a residir em Aracaju. Morou no bairro Cirurgia, de classe média.

Formado em Direito, é funcionário público lotado na Receita Federal, tendo antes trabalhado na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, onde ingressou ainda adolescente, como entregador de telegramas.

Iniciou a militância política como secundarista no Centro Acadêmico Clodomir Silva, do Colégio Atheneu Sergipense.

Foi líder estudantil no DCE da Universidade Federal de Sergipe ainda nos anos 60, onde somou-se à resistência à ditadura militar.

Militava clandestinamente no PCB, quando ingressou no MDB em 1970.

Em 1972, foi eleito vereador em Aracaju e, em 1974, foi eleito deputado estadual.

Foi preso político por duas vezes, em 1972 e 1976, esta última na famigerada Operação Cajueiro. Foi julgado e absolvido em 1978 pela Auditoria Militar da Bahia.

Em 1978, foi eleito para o primeiro dos quatro mandatos de deputado federal.

Em 1979, integrou a coordenação da Campanha Nacional pela Anistia.

Foi um dos líderes em Sergipe da campanha pelas Eleições Diretas, a Diretas-Já, em 1984.

Em 1985, foi eleito prefeito de Aracaju na primeira eleição direta para as prefeituras das capitais.

Voltou à Prefeitura de Aracaju em 1992. Entre um mandato e outro foi o vereador mais votado da história na capital, garantindo a eleição de outros sete vereadores.

Como prefeito, destacou-se pelo trabalho social, voltado aos bairros mais pobres e desassistidos, pela transformação da educação pública e pelo saneamento básico. Construiu 23 escolas, zerando o déficit educacional, e revestiu praticamente todos os canais existentes.

Jackson sempre obteve votações espetaculares em Aracaju e em outras duas eleições provou o seu potencial eleitoral ajudando a eleger outros dois prefeitos: Wellington Paixão, em 1988, e João Augusto Gama da Silva, em 1996.

Em 1994,com Jackson Barreto, pela primeira vez um candidato das esquerdas conseguiu um feito significativo,disputando o governo do Estado: a vitória no primeiro turno e a disputa que quase o consagraria no segundo turno.

Voltou à Câmara Federal em 2003 e em 2007, e atuou fortemente pela redução da tarifa e melhoria no transporte público, tendo sido presidente da Frente Parlamentar pelo Barateamento do Transporte.

Em 2010, aceitou o convite para ser o vice na chapa encabeçada pelo governador Marcelo Déda (PT). Durante o tratamento de saúde de Déda, atuou como governador interino por quase um ano.

Assumiu definitivamente o governo após a morte de Marcelo Déda, em 2 de dezembro de 2013, quando deu continuidade às obras em todo o Estado, realizando inúmeras inaugurações e conseguindo ganhos históricos para os servidores estaduais.

Desde que assumiu a gestão estadual, Jackson Barreto já investiu mais de R$ 1,3 bilhão em obras de infraestrutura, como rodovias, esgotamento sanitário e galpões industriais.

No início deste ano, inaugurou a nova UTI do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), com 65 leitos, num investimento de R$ 14,3 milhões. Em junho, foram entregues mais 11 leitos de UTI no hospital regional de Itabaiana. Com esses investimentos, Sergipe passa a disponibilizar quase 100 leitos de UTI somente nos hospitais do Estado, além dos leitos críticos e das salas de estabilização nos hospitais regionais, locais, UPAs e nas 22 Clínicas de Saúde da Família.

Jackson assinou a ordem de serviço para construção do Hospital do Câncer. Orçada em R$ 80 milhões, a obra, que já está em execução no Centro Administrativo de Aracaju, possui recursos do Proinveste e ProRedes, do Ministério de Saúde. Serão cinco pavimentos, 120 leitos para adultos, 30 leitos para pacientes infantis, 10 leitos de UTI e 10 leitos de UTI infantil.

Na educação estadual, investe mais de R$ 200 milhões em construção, reforma e ampliação das escolas e das quadras poliesportivas da rede. Já foram entregues 100 escolas totalmente reformadas. No momento se encontram em reforma mais 38 unidades escolares, 17 estão em licitação e 23 em projetos para reforma. Também já foram entregues 16 quadras reformadas ou construídas, 14 estão com as obras em andamento e 10 estão em licitação para serem construídas.

Fundado na sua história política e na sua capacidade administrativa, é candidato à reeleição pela coligação “Agora é o povo”, que reúne 11 partidos (PMDB, PSB, PT, PC do B, PDT, PROS, PSD, PRB, PRP, PRTB e PSDC) e tem como candidato a vice-governador Belivaldo Chagas (PSB, ex-deputado estadual e ex-vice-governador) e como candidato ao Senado o hoje deputado federal Rogério Carvalho (PT).

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