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Amorim assusta quem não disputa eleição? Há algo errado

Edivan no Cabaré

Por Joedson Telles

Não surpreende que setores viciados da mídia sergipana evidenciem aos desinformados como se tratassem de notícia quente o que este espaço trouxe com horas e horas de antecedência. Cada um faz o jornalismo que quer fazer. Ou que tem condições de fazer. Todavia, grita por uma explicação que tenha amparo na ética, na moralidade o fato de pessoas que não são políticos, ao menos filiados a um partido e predispostos a disputar cargos públicos, terem mais necessidade de desgastar o senador Eduardo Amorim que propriamente de respirar.

Recorro aos botões: a troco de que uma pessoa permuta o papel de informar à sociedade com imparcialidade por perseguir um político – seja ele quem for? Quando isso é feito por desocupados, alguns até recebendo uma propina magra para passar 24 em redes sociais, apesar das críticas, o perdão vem pela falta de noção. Simplesmente não se dá importância. Mas quando o desgaste é feito por um jornalista, que, supõe-se, ralou em uma universidade antes de navegar no ofício, e, portanto, não tem a desculpa de desconhecer a ética, aí a coisa pega.

As declarações do presidente do PTB, Edivan Amorim, ontem à noite no Cabaré de 5ª, não são novas. Foram ditas com muita antecedência. E digo isso não por ter ligado ou recebido ligação telefônica de alguma pessoa para me informar. Tampouco por ter tido contato pessoal com alguém que esteve lá ontem. Fui ao cabaré e atestei in loco. Não escrevo por ouvir dizer.

Aliás, internauta, desconfie do “jornalismo de terceiros” – quando o jornalista por preguiça, falta de condições físicas ou outra desculpa qualquer se permite ao luxo de ajuizar pelo que terceiros lhe contam. Ainda que a informação seja passada pela própria fonte, em se tratando de debates como o do Cabaré, a informação nunca é a mesma. Não tem aura, como aprendi com a professora Lílian França, na UFS. Pesa o calor do momento da fala. Fatores como a inquietação do advogado Mané Cacho, que tentou roubar a cena do convidado, ao perguntar mais que os jornalistas, e se lançar candidato ao Senado na chapa do grupo de Amorim, precisam ser levados em conta. E como um deputado que diz uma coisa na tribuna, mas, ao descer e ser abordado por jornalistas, o discurso tem outro tom…

… Sobre essa nova fase de Edivan Amorim está ocupando mais a mídia, disse, ontem à tarde na TV Cidade, ao participar de um debate sobre política no Programa Batalha na TV: Eduardo Amorim está apanhando muito por ser hoje a única liderança de oposição, e a eleição de 2014 está se aproximado. É o mais novo que se apresenta e, evidente, como é aliado de João Alves, adversários temem que a aliança continue em 2014. Edivan, assim como André Moura, Augusto, Venâncio, Angélica e os demais do grupo, saem em defesa do senador. Do mesmo jeitinho que Jackson, Edvaldo, Valadares e tantos outros defenderam e defendem o governador Marcelo Déda. É da política. E ambos os lados estão jogando o jogo. É demagogia dizer que se fosse um político e tivesse em um dos lados faria diferente.

Assim como, lá atrás, Déda conseguiu romper uma barreira que parecia instransponível, e chegou do executivo por ser o novo mesmo, Edivan Amorim e, óbvio, o senador Eduardo Amorim, incomodam por também serem o novo, hoje. Ou algum mentecapto insistiria em tentar persuadir que os irmãos são da mesma época, por exemplo, que Augusto Franco, Lourival Batista e do senador Valadares?  Todos eles, evidentemente, com folhas inquestionáveis de serviços prestados à sociedade. No caso de Valadares, até hoje servindo a Sergipe.

Eis em verso e prosa a questão: Eduardo Amorim surge como o novo. Disputou apenas duas eleições. E, óbvio, sobretudo por estar na oposição, vai usar isso em 2014. Do mesmo jeito que seus adversários fizeram, ao lançar Valadares Filho contra João Alves. Como disse antes, é tudo da política. Cabe a Jackson Barreto, que é outro político com uma grande folha de serviços prestados à sociedade, tentar persuadir a sociedade que é a melhor opção. Evidente, para isso, com o apoio de Déda, Valadares e dos demais do grupo. Isso chama-se democracia. Respeito às urnas e às pessoas envolvidas no processo.

Em Eduardo e JB sendo mesmo candidatos, o debate será bom. E se for de alto nível a sociedade agradecerá. Vencerá o melhor. Quanto aos jornalistas, estes devem e precisam ter olhar crítico sobre os homens públicos, mas sem enxergar cor do partido. Sem distorcer. Sem ajuizar fora da realidade. Sem tomar partido. Não servem à boa política pessoas que se prestam ao papel deplorável de ser vassalo de “A” ou de “B” para desgastar adversários. Não é coisa do outro mundo ter simpatia por algum político. O jornalista é humano. Também vota, óbvio. Mas jamais pode misturar as coisas. Sobretudo subestimar inteligências. A sociedade merece respeito.

P.S. Aura é a única aparição de uma realidade longínqua, por mais próxima que esteja. Coisa do crítico literário alemão Walter Benjamin.

Modificado em 17/05/2013 15:23