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Aliados de Edvaldo só descobriram agora as mazelas de Aracaju? Ou foram omissos?

João Alves: alvo adversário

Por Joedson Telles

Uma das peculiaridades do jornalismo político é gente que acompanha a política acreditar que nós jornalistas temos um juízo de valor pronto para quaisquer assuntos da área. Indagam e querem respostas. Ontem mesmo fui provocado a emitir mais uma opinião. Desta vez sobre o fato de aliados dos ex-prefeitos Edvaldo Nogueira e Marcelo Déda sequer esperarem o prefeito João Alves Filho esquentar a cadeira e já partirem para desgastá-lo. Como essa história das OSs, por exemplo, que sequer saiu do papel, mas já avocou a fúria adversária.

Ressalvando que a administração é impessoal, e, assim, o prefeito precisa prover soluções para heranças malditas, o problema, modestamente expliquei, é que a política é um terreno fértil para se apostar na falta de inteligência alheia para discernir descaramentos. Sem cometer o pecado de ignorar 2014, indago aqui: será mesmo que os dignos críticos só descobriram agora as mazelas da Prefeitura de Aracaju? Ou estava tudo maravilhoso e João Alves esculhambou em cinco, seis meses?

Insisto: João Alves tem obrigação de resolver os problemas porque a administração é impessoal. Mas o que não falta é adversário que ficou mudo o tempo todo durante as gestões Déda e Edvaldo, mesmo enxergando os mesmos problemas, falando besteira hoje. Ou não? Das duas uma: vocação para babar os ex-gestores ou temor de perder o “CCzinho”.  Pousar de moralista, agora? De crítico em prol da sociedade? Estão enganando a quem?

A cobrança ao gestor é sempre essencial à boa administração. Deve ser feita até como exercício de cidadania. Não apenas pela oposição, mas também pela parte não viciada da imprensa. Aliás, deveria ser feita por toda imprensa, mas é muita ingenuidade acreditar que todos têm independência para cumprir a missão.

Acredito que a crítica não pode ter cor partidária. E deve ser construtiva. Vamos cobrar de João Alves? Óbvio. Se ele se candidatou tem que resolver os problemas e não dar desculpas. Até para não ficarmos na mesmice. Mas é preciso coerência. Pesar antes como ele recebeu a gestão e o tempo que tem no cargo. Não dá para pensar que todo muito é idiota ao ponto de aceitar que gente que, num passado não tão remoto, pecou por ações equivocadas ou mesmo pela omissão, hoje, tranquilamente, externa falsa moralidade. Aí não. Aí é pior do que sal para quem tem pressão alta.

Modificado em 11/06/2013 08:02