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Alguém trabalhou em Brasília pela exoneração de Luciano Pimentel, diz Machado

“Isso não ocorreu por ordem e graça do divino Espírito Santo”, garante vice-prefeito

Machado: suspeita de fogo amigo

Por Joedson Telles

Não parte apenas do senador Antônio Carlos Valadares (PSB) o juízo que a exoneração de Luciano Pimentel da superintendência da Caixa Econômica Federal teve não apenas o dedo, mas as duas mãos de gente de Sergipe. Na ótica do vice-prefeito de Aracaju, o tucano José Carlos Machado, que já externou querer Valadares no grupo liderado pelo prefeito João Alves (DEM), houve, sim, influência política. O chamado “fogo amigo” como reza o lugar-comum. Machado afirma que o mais grave no episódio foi tanto o governador Jackson Barreto (PMDB) quanto o senador Valadares – ambos aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) – não terem sido informados antecipadamente da demissão.

“Isso não ocorreu por ordem e graça do divino Espírito Santo. Isso ocorreu porque alguém com força em Brasília trabalhou para que isso ocorresse… As notícias que temos é que está vindo um funcionário da Caixa. Naturalmente a Caixa promove o rodízio. Acho isso salutar. Mas não deve ter sido essa razão que levou o comando da Caixa ter mudado Luciano. A razão deve ter sido outra, como são outras as razões que trazem o superintendente do Acre aqui para Aracaju, que deve ter sido escolhido a dedo. Quem escolheu? Deve ter sido a mesma pessoa que levou a Caixa a demitir Luciano Pimentel”, acredita, alimentando as chamas no grupo adversário.

Machado lembra que essa questão de financiamentos de casas populares, através de Organizações Não Governamentais (ONG´s), com a Caixa Econômica, não está gerando polêmica somente agora. “Eu era deputado e iniciei uma celeuma numa emissora de rádio com Sukita (ex-prefeito de Capela), quando a Caixa naquela época já financiava num convênio com o Governo do Estado, num programa denominado Casa Nova, Vida Nova, casas populares para população de baixa renda, e estavam sendo construídas por uma ONG, e estava construindo um conjunto de 200 casas. Eu fui me aprofundando nisso e concluí que essas ONG,s recebiam os recursos da Caixa, colocavam centenas de pessoas para trabalhar, não registrava ninguém, e o dinheiro que recebia era para comprar mão de obra, material, pagar os direitos sociais de cada servidor”, lembra.

Segundo o vice-prefeito, muitas casas dessas, que depois de pronta deveriam ter recebido a infraestrutura que era de responsabilidade do Governo do Estado, estão abandonadas. “Eu fiz uma denúncia ao Ministério Público Federal, pedi a instauração inquérito, o inquérito foi instaurado, mas, lamentavelmente, concluíram de que não havia problema nenhum. Acontece que dentro desse programa, a Caixa Econômica Federal financiou 5 mil unidades habitacionais, e tem mais de 3 mil sem a mínima infraestrutura, invadidas, e as famílias que moram nelas moram sem a menor estrutura”, denuncia.

Modificado em 10/01/2014 15:37