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Alessandro não desiste da CPI Lava Toga

Por Leonardo Teles

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) tentará, mais uma vez, instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, que pretende investigar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro pedido ainda está pendente no Senado, mas, dessa vez, o parlamentar se baseia no que considera “um leque de arbitrariedades”, como, por exemplo, hackeamento do site Intercept, a prisão dos hakers, a suspensão de investigação da Receita Federal, o afastamento do trabalho dos auditores e as mudanças no Conselho de Controle de atividades financeiras (Coaf).

“O ministro Dias Toffoli vem fazendo um papel de desestabilização e está diretamente interferindo e usando um poder de barganha que ele construiu junto ao governo Bolsonaro, fazendo o fatiamento da Receita Federal e a destruição da Coaf”, disse o senador, ao ser entrevistado na Jovem Pan.

Para que a CPI seja instaurada, pelo menos 27 dos 81 senadores precisam assinar o documento. Alessandro diz que já conseguiu 25 assinaturas. “Quem parou para analisar a Medida Provisória que reestrutura o Coaf e a unidade da ferramenta financeira sabe que ela faz uma série de barbaridades. Ela abre o leque de comissionados que era reservado somente à carreira do Estado e cria uma camada política para fiscalização e controle desse trabalho técnico e impede na verdade aquilo que o Brasil se acostumou a ver nos últimos anos – que são, os órgão técnicos fazendo um trabalho técnico sem olhar a capa e nomes das pessoas. E Dias Toffoli está a frente desse movimento de retaliação”., afirmou

Em julho desse ano, o presidente o STF, o ministro Dias Toffoli – a pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) – suspendeu a investigação que apurava movimentações atípicas nas contas do parlamentar, que envolve o ex-assessor Fabrício Queiroz. A decisão vale até 21 de novembro desse ano. As investigações são detalhadas nos dados do Coaf

“Infelizmente, se aproveitando da força do Governo Federal, diretamente do presidente Jair Bolsonaro, que vem assinando Medidas Provisórias, fazendo indicações e dando entrevistas no sentido contrário do que vinha prometendo no discurso de campanha – ele prometeu um discurso contra a corrupção e está entregando um desmonte dos mecanismos de combate a corrupção”, afirmou Alessandro Vieira.

Lei de abuso de autoridade

Alessandro Vieira afirmou também que já conseguiu 33 assinaturas dos senadores contra Lei 4898/65, de Abuso de Autoridade. Ele considera um sintoma de desespero da manutenção da velha política.

“Tem um vício até na forma de aprovação. Não se pode que um instrumento dessa magnitude desse impacto faça mudanças tão severas na verdade de atuação dos órgãos de investigação e processamento na calada da noite e atropelando regimento e a maioria”, disse o senador.

 

Modificado em 23/08/2019 18:34

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