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Alessandro critica “show de exercício de técnicas de desinformação” na CPI

O senador Alessandro Vieira fez, nesta quarta-feira, dia 2, um duro discurso contra o que definiu como “show de exercício de técnicas de desinformação” que se tornou o debate do combate ao coronavírus, durante depoimento médica Luana Araújo, que recebeu veto político do Palácio do Planalto para ocupar a Secretaria Extraordinária do Ministério da Saúde de Enfrentamento à Covid.

“São citações vagas de estudos obscuros, referências a nomes estrangeiros de quem nunca ouviu falar, a incapacidade de apontar uma única evidência qualificada e a tentativa de transformar um debate concreto de polítias públicas num debate classista”, disse o senador, durante a *CPI da Covid*..

Antes mesmo do depoimento, o que acabou se confirmando, integrantes da base aliada do governo no Senado temiam desgaste de imagem com o depoimento de Luana Araújo. E o estrago não podia ser maior, já que ela desconstruiu, tijolo a tijolo, a lógica negacionista do governo. Evitando críticas diretas ao ministro Queiroga, de quem disse ter encontrado autonomia para formar seu time, sem nenhuma censura interna, não se esquivou de reconhecer que o único critério restante para seu descarte era o político. O próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, da forma mais clara possível, admitiu o veto político – pois corria o risco de ser desmentido na CPI. Em nenhum momento, a médica citou o nome do presidente Jair Bolsonaro, embora todas as críticas tenham sido à política de saúde de seu governo, até recentemente comandada pelo ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. “Eu sou uma mulher da ciência e da ética. Se me compreendesse cerceada, não faria parte dessa estrutura” disse, explicando sua curta duração no cargo.

“Jamais” qualquer estudo sério propôs tratamento precoce* – A médica, respondendo ao senador, confirmou que existe uma gradação na qualidade de evidências médicas – são classificados os tipos de estudo, de acordo com a caracterização de força dessa evidência clínica e científica que elas possuem – e que nenhuma “jamais” referendou o uso de tratamento precoce e drogas não comprovadas, como cloroquina. Do lado oposto, sim, existem. “A pirâmide de evidências é dinâmica e se desenvolve. Não temos realidades absolutas, mas aprendizados permanentes”, afirmou. “Os estudos que seguimos são aprovados por todas as agências regulatórias ou sociedades científicas reconhecidamente independentes e produtivas do mundo inteiro.”

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