A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado de Sergipe (Adepol/SE) promoverá, esta semana, nos dias 19 e 20, o I Curso de Combate às Organizações Criminosas e à Corrupção. Participarão do evento aproximadamente 70 delegados da capital e do interior. Para ministrar o curso, a Adepol convidou o delegado de polícia do Espírito Santo, Rodolfo Queiroz Laterza, um dos maiores especialistas na área e responsável, dentre outras, pelas operações Pixote e Derrama, que figuram entre as mais importantes da história policial do Espírito Santo.
“O objetivo da Adepol é capacitar todos os delegados do estado para o combate à corrupção, seja no âmbito da administração estadual, direta e indireta, seja nos 75 municípios do Estado. O nosso palestrante é um dos pioneiros no enfrentamento e repressão a essas organizações que sugam os recursos públicos, corrompem servidores e membros de poder e se infiltram em todos os setores da administração, dirigindo e fraudando licitações, desviando recursos públicos e transformando estado e municípios em um balcão de negócios”, explica o presidente da Adepol/SE, o delegado de polícia Paulo Márcio.
Provocado sobre isso significar que, atualmente, os delegados de polícia de Sergipe não enfrentam esse tipo de criminalidade, o presidente assegura que que há, sim, um enfrentamento à corrupção, todavia localizado no Departamento Especializado de Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária – Deotap. “Mas precisamos estender esse tipo de repressão a todas as unidades, pois o Deotap, apesar do excelente trabalho desenvolvido por suas equipes, não tem como dar conta de todos os casos existentes. Por falar nisso, já mantivemos contato com a Drª Danielle Garcia, diretora do Deotap, para que ela ministre um curso no início do próximo ano sobre lavagem de dinheiro para todos os delegados. O nosso objetivo é desbaratar as organizações criminosas que fraudam desde as licitações de merenda escolar até as grandes obras e serviços”, disse.
Segundo Paulo Márcio, é dever de todo gestor público zelar pela moralidade e transparência na administração. “É o que se espera de quem cuida dos recursos da população. Cabe à Polícia Civil fazer a sua parte, isto é, investigar e prender aqueles que enriquecem ou tentam enriquecer ilicitamente vampirizando a administração. Para quem trabalha honestamente, não há o que temer. De maneira que, na minha avaliação, esse curso é um divisor de águas em nossa história. A partir do dia 20, emerge uma nova Polícia Civil em Sergipe”, diz.
Do Universo
Modificado em 16/11/2015 12:33