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Adelson: “Muita gente fica surpresa e não gostaria que o povo reconhecesse o meu trabalho. Quantas vezes somos discriminados, atacados pelo fato de fazer um trabalho junto ao povo?”

Adelson:  trocando a Alese pela Câmara Federal

Por Joedson Telles

O presidente do PTB de Sergipe, o deputado estadual Adelson Barreto, foi intimado pelas urnas a trocar a Assembleia Legislativa pela Câmara Federal, em janeiro de 2015. Nada menos que 131.236 mil eleitores votaram em Adelson Barreto, fazendo-o amealhar mais um titulo em seu já rico currículo de eleições vitoriosas. Adelson é o político que obteve a maior votação numa eleição para deputado federal da história de Sergipe. 13,37% dos votos válidos foram cravados no 1414. Foram 70 mil votos de sombra. Para se ter uma ideia, o deputado federal Valadares Filho (PSB) foi reeleito na 5ª colocação com 68.199 mil votos. Detalhe: Adelson não teve o apoio de nenhum dos 75 prefeitos dos municípios sergipanos e ficou em primeiro lugar em vários deles. Apesar de a matemática não dar lugar ao português, nesta aula de como se vence uma eleição, após o resultado final das eleições 2014, Adelson Barreto desabafou, que, mais uma vez, foi discriminado por outros políticos, que não concordam com o seu modo de fazer política assistindo diretamente as pessoas pobres.

“Antes da eleição já houvera eu dito: Sergipe é pequeno e todo mundo acompanha por quantos momentos difíceis nós já passamos. O quanto nós fomos discriminados. Eu até cheguei a revelar até quando eu terei que provar nas urnas que o povo me respeita, que o povo gosta do meu trabalho, me valoriza, para que a classe maior da política de Sergipe possa observar isso. Já fui eleito deputado estadual, federal, mas muitas vezes a gente percebe uma discriminação daqueles que comandam a política de Sergipe. Quando eu falo para surpresa de alguns ou de muitos é porque imagino e tenho a convicção que muita gente fica surpresa e não gostaria que o povo reconhecesse o meu trabalho do jeito que reconhece. Quantas vezes nós somos discriminados, atacados, pelo fato de fazer um trabalho junto ao povo? Pelo fato de continuar morando na periferia, no Mané Preto? Pelo fato de pegar pessoas pobres e humildes e colocar dentro de minha casa? Pelo fato de pegar um sábado ou domingo e colocar uma bermuda para ir a um povoado pobre para atender ao povo?”, indaga o deputado federal eleito.

Adelson enfatiza, entretanto, que mesmo passando por tais constrangimentos nada o abala. Segundo ele, a cada dia está mais convencido que a sua missão deve ser mantida. “Eu devo continuar realizando o meu trabalho perto do povo, principalmente perto do povo pobre. Eu até havia escrito algumas coisas logo que passou as eleições para que sirvam de exercício todos os dias para que Deus afaste de mim a vaidade. Eu havia pensado e escrevi. Quanto maior for o poder do homem na terra maior é o seu débito com Deus e com o povo pobre, porque o povo pobre é o povo de Deus. Talvez sejamos discriminados. Talvez continuemos sendo discriminados, mas não abro mão do meu princípio. Só vale a pena estar na vida pública se for para servir, para assistir, para cuidar do povo pobre, ainda que para tal seja eu chamado de assistencialista, de homem que só faz cuidar de povo pobre, que isso não é correto, pois quem deveria cuidar era o Estado. A Nação. Que a Nação faça, que o Estado faça, que o município faça, eu não critico nem discrimino ninguém. Agora, entendo que eu tenho obrigação de dar toda a minha energia para cuidar do povo como um todo, mas o meu olhar é focado no povo pobre”, disse.

O paramentar lembrou que na sua casa há 15 apartamentos para abrigar o povo. E, como deputado federal, tirará o do papel um antigo sonho: uma obra para assistir cerca de 300 pessoas não apenas de Aracaju, mas dos demais municípios, estados e até, se for o caso, de fora do Brasil. O critério é a precisão. “Eu só apaixonado pelo povo pobre e agora mais do que nunca eu vou trabalhar muito pelo povo pobre, ainda que servir ao povo pobre seja motivo de ser taxado de aproveitador”, disse, dando uma dica de como será o seu mandato de deputado federal. “Não vamos aqui pegar um papel e falar de projetos. O projeto maior que o político deve fazer é o projeto do povo. Quero dizer que, a exemplo dos meus mandatos de vereador e de deputado estadual, nós vamos estar sempre em sintonia com o povo, procurando colaborar da melhor maneira possível para que o povo tenha melhoria em todos os aspectos”, disse.

Provocado sobre a eleição que disputou para a Câmara Federal nos anos 90, quando foi eleito pelo então PFL (hoje DEM), mas problemas que nunca foram explicados de forma convincentes o impediu de assumir o mandato, Adelson respondeu que tinha um débito com o povo de Sergipe. “Em 1998, o povo nos dera uma eleição. Lá se vão 16 anos, e eu não tive a oportunidade de devolver ao povo o mandato que o povo me deu e estava na expectativa de avaliar como seria Adelson Barreto deputado federal, mas, lamentavelmente, não pude responder porque não me deixaram tomar posse. Se passaram 16 anos, as pessoas não sabem, mas eu vinha contando dia por dia, mês por mês, ano por ano, esperando o momento que eu pudesse ser candidato a deputado federal. Lamentavelmente, pelos partidos que passei nunca me deixaram ser candidato a deputado federal. Deus me deu oportunidade de presidir um partido, e no PTB ninguém me impediu de ser candidato a deputado federal. A partir de agora, quero pedir a Deus muita saúde, muita sabedoria para que eu trabalhe muito e possa corresponder à generosidade do povo. Em 98, fui o deputado mais bem votado da minha coligação. 16 anos depois, eu me torno não apenas o mais votado da minha coligação, mas o mais bem votado de toda a história política de Sergipe. Estou com muita energia, muita força e peço a Deus saúde para trabalhar muito pelo povo”, disse, agradecendo a Deus e ao povo de Sergipe por mais um mandato.

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