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Ação de Bolsonaro é dolosa e CPI já comprova crime contra a saúde pública, diz Rogério

Membro suplente da CPI da Pandemia, o senador Rogério Carvalho (PT), ao ser entrevistado, nesta quarta-feira, dia 12, na Globo News, assegurou não apenas que a ação do presidente Jair Bolsonaro é dolosa, que ele pratica um crime continuadamente, como também que as oitivas da CPI já apresentam dados suficientes para comprovar crime contra a saúde pública.

“A atuação do presidente é dolosa porque ele já sabia que não tinha eficácia a cloroquina, já sabia que não havia eficácia a ivermectina, sabia que era fundamental comprar a vacina e agiu contra a vacina e que produziria esse dano à saúde pública do povo brasileiro. Ele continua agindo como sempre agiu. Sem usar máscara, aglomerando, defendendo a cloroquina” , afirmou Rogério.

De acordo com o petista, o presidente foi orientado a promover a chamada imunidade de rebanho sob o argumento de que isso resolveria o problema rapidamente – e em 14 semanas, segundo um dos principais mentores do presidente, destaca Rogério, o ex-ministro Osmar Terra, a pandemia “iria embora”, e morreriam menos pessoas de Covid-19 do que de H1N1.

“O presidente, então, passou a defender e a agir a favor da aglomeração. Quando a gente aprovou o uso obrigatório de máscara, o presidente vetou o Projeto de Lei, impediu a atuação de Estados e municípios no isolamento social com ação no STF e o STF foi quem restabeleceu. O presidente disse que não compraria vacina, que não tomaria vacina, e foi o STF que obrigou o Ministério da Saúde a apresentar um plano nacional de imunização e o presidente teve que emitir uma medida provisória e iniciar o processo de compra de vacinas”, disse o senador.

Rogério salientou também que no começo da pandemia havia dúvidas sobre hidroxicloroquina, mas essas dúvidas foram superadas muito rapidamente. No mês de abril de 2020, lembra o senador, já havia estudos comprovando a ineficácia da cloroquina na prevenção e no tratamento.

“Portanto, o presidente continuou estimulando porque a tese que ele defendeu, que era deixar a população exposta ao vírus para adquirir imunidade naturalmente, precisava dar à população a segurança que tinha uma substância capaz de proteger a população. É importante dizer que o ministério emitiu nota técnica definindo o uso da cloroquina sem passar pela Comissão de Incorporação Tecnológica, sem passar pela Anvisa. O presidente da República e o Ministério da Saúde agiram sabendo dos riscos que teriam e esses riscos apontam para um crime contra a saúde pública. Mostra claramente que existiu uma intenção de expor a população ao risco de se contaminar e que foi cometido um crime de saúde pública”, afirmou.

Rogério Carvalho ajuizou, por fim, que a estrutura para isso não foi um “ministério paralelo”, mas a própria Presidência da República. “Não precisava de estrutura paralela: o próprio presidente era o grande protagonista. O ministro Pazuello, que fugia da oitiva, dizia que tem quem manda e quem o obedeça. Quando os ministros se contrapunham à ideia do presidente, rapidamente eram substituídos. Eu acho que não precisa dessa história de ministério paralelo. O governo operou assim. Todos os ministros do presidente, do seu lado, operaram nessa linha. O Ministério da Saúde operou nessa linha”, disse.

Do Universo, com informações da Globo News

Modificado em 12/05/2021 19:50

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