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“A Previdência é como um doente, quando você aplica um remédio em excesso, a tendência é mata-lo”, diz Fábio Henrique

Por Leonardo Teles

Nesta quinta-feira, dia 11, o deputado federal Fábio Henrique (PDT) usou sua página no Facebook para justificar o voto contrário à reforma da Previdência, seguindo a orientação da Executiva Nacional do PDT. No texto, o parlamentar admite ser favorável a uma reforma, mas evidencia não concordar com a “dosagem” que julga excessiva. “O problema está na dosagem dessa reforma, a Previdência é como um doente em que estão aplicando uma dose excessiva. Quando você aplica o remédio em excesso, a tendência é matá-lo”, explicou.

Para Fábio Henrique, há uma ideia falsa de combater privilégios, pois o Governo Federal alega que economizará R$ 1 trilhão em 10 anos, mas, desse valor, assegura o deputado, mais de R$ 800 bilhões, que representam mais de 80%, sairão de quem ganha até dois salários mínimos. Portanto, prossegue ele, a maior parte dessa ‘economia’ será paga pelo povo mais simples, mais pobre, que será o mais penalizado.

“O Governo alega que essa reforma é para combater privilégios, não é isso? Pasmem os senhores: para aposentadoria especial de deputados e senadores, a transição é de 30%. E para os demais trabalhadores existe um pedágio de 100%. Aí lhe pergunto: onde está o combate ao privilégio?”, questionou.

Na proposta, segundo Fábio Henrique, não há uma regra de transição para professores que se aposentavam como 25 anos, e agora terão que trabalhar por 40 anos. Ele também criticou o fato de o Governo criar um pedágio de 100% para trabalhares comum e servidores públicos, que considera que o governo “demoniza”. Sendo que os oficiais das forças armadas, classe que o presidente faz parte – a regra de transição é de 17%, mas não atinge os demais profissionais das áreas da segurança pública.

Por fim, Fábio Henrique cita que os pedreiros também serão prejudicados, já que seu tempo de contribuição passa de 15 anos para 20 anos. “Sendo que eles só conseguem trabalhar em média cinco meses por ano e com isso teriam que trabalhar 12 anos a mais”, explica, questionado a mudança na pensão pós-morte, na qual a família irá receber metade do valor, que pode ser menor que um salário mínimo.

Modificado em 11/07/2019 15:06

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