O deputado federal Laércio Oliveira (PP) comentou, nesta sexta-feira, dia 13, a reunião que aconteceu entre o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), o governador da Bahia, Jacques Vagner ( PT), e parlamentares dos dois estados no Ministério de Minas e Energia com o objetivo de buscar meios de viabilizar a manutenção da Fábrica de Fertilizante Nitrogenados (Fafen) em Sergipe. Segundo ele, o governador Belivaldo Chagas garantiu que o Estado fará a parte que lhe é competente para que a fábrica continue em Sergipe.
“O principal insumo do fertilizante nitrogenado e seus derivados chama-se gás, e quem tem o monopólio do gás no país é a Petrobras. Ela que coloca o preço exagerado do gás que inviabiliza a produção de fertilizantes nitrogenados e usa o discurso para dizer que infelizmente precisa vender a fábrica porque dá prejuízo. Mas produzem um fertilizante muito caro pela própria política interna e não querem abrir mão do preço”, disse.
Laércio salientou que a Petrobras precisa entender que é uma empresa que orgulha a todos, mas não é dona do Brasil. “O Brasil é o dono da Petrobras. A Petrobras precisa pensar no que é melhor para o país. Somos o maior produtor de carne bovina do mundo. A gente precisa de insumos dos mais diversos possíveis para cuidar disso. Os fertilizantes nitrogenados estão dentro dessa composição. No final, tem que ser dada uma ordem do ministro de Minas e Energia, que é a cabeça de todo o complexo mineral e energético do país, para que seja reativada”, observou.
O parlamentar ainda disse que o ministro deu o prazo de 60 dias improrrogáveis para que haja uma decisão e já existem três empresas interessadas em fazer o arrendamento da unidade. “Vamos fazer um encontro com todas elas. O secretário de desenvolvimento econômico do Estado, José Augusto Carvalho, é a pessoa designada pelo governador para ser o link de contato com o ministro de Minas e Energia e com a Petrobras”, disse.
100 dias de Bolsonaro
No tocante aos primeiros 100 dias do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Laércio afirmou que poderia ser melhor, mas não se furtou em lembrar que foi o único deputado federal de Sergipe a participar do segundo turno da campanha de Bolsonaro e quer participar do ônus e o bônus porque o Governo também é seu.
“Têm muitas coisas que ainda bate a cabeça neste Governo. Das 32 promessas que o presidente fez, mais da metade já foram cumpridas. Mas acho que tem muita gente batendo cabeça. Os filhos do presidente precisam sair um pouco de cena. As redes sociais foram importantes, mas o presidente representa agora um país e o povo espera dele uma solução para retomada econômica”, frisou.
Sobre a Reforma da Previdência, o deputado ratificou que é uma necessidade de todos e que o parlamento vai se debruçar sobre o texto e fazer um processo de adequação. “O Governo vai precisar negociar com o Congresso o texto final. Acho que a gente precisa aguardar pelos menos os próximos 15 dias deixara iniciar as discussões e agente vai dissecar artigo por artigo e construir uma peça que seja útil para nosso país. Minha motivação é essa”, disse, ressaltando que depois do texto aprovado na CCJ ele mesmo fará várias emendas ao projeto.
Com informações da Xodó FM