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“A desigualdade é um entrave na educação brasileira”, diz Eduardo Amorim

Em meio a tantas problemáticas que acarretam a falta de incentivo governamental para que a Educação seja de fato prioridade em todo país, o maior agravante ainda está na baixa escolaridade média da população e a desigualdade permanente, o que mantém na pauta das discussões a necessidade da universalização da educação básica e a melhoria da qualidade da educação, bem como a eliminação do analfabetismo.

É assustador saber que a evasão escolar em Sergipe, segundo os dados da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe, indica que das 148.544 crianças e adolescentes matriculados no ano passado nos cursos Fundamental e Médio da rede pública, cerca de 25 por cento abandonaram os bancos escolares. E ainda quando se fala em Educação de Jovens e Adultos – modalidade da educação básica destinada aos que não tiveram acesso ou não concluíram os estudos durante o ensino regular, o índice de evasão é ainda maior, chegando a 90 por cento Para agravar ainda mais o estado da educação em Sergipe nosso Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB do Ensino Médio é um dos piores do Brasil.

O senador e pré-candidato ao governo do estado Eduardo Amorim (PSC-SE), sempre acreditou e defendeu que somente garantindo um processo de alfabetização de qualidade para nossas crianças é que construiremos os alicerces para uma sociedade mais justa e equânime. “A educação precisa ganhar rumos para ser universalizada em tempo integral em todo o Brasil. Países que conquistaram o desenvolvimento pleno investiram em educação integral e tiveram como resultado uma sociedade igualitária e com oportunidades para todos”, explicou.

Para Eduardo, o percentual de crianças não alfabetizadas aos 8 anos, segundo o Censo 2010 do IBGE, não são satisfatórias, apesar das melhorias ao logo das últimas duas décadas. “A região Norte e Nordeste apresentam taxas muito elevadas se comparadas com as demais regiões. Sergipe, por exemplo, tem 23,8 por cento de crianças até os 8 anos que não sabem ler e escrever, porquanto no Distrito Federal é de 6,8 por cento. Temos aí uma enorme distância a ser conquistada. Devemos salientar que o critério usado pelo IBGE para garantir analfabetismo não leva em conta o nível de competência dos alunos em leitura e escrita, é algo mais do que somente a escolarização. Por causa da péssima qualidade da educação, a maioria das pessoas permanece iletrada, principalmente quando adultos partem para a realidade do mercado de trabalho”, alertou.

Eduardo argumentou que muito embora o Governo Federal tenha por lei determinado piso para a categoria o magistério ainda é uma carreira mal remunerada. “Dados do IBGE apontam que, em média, 60 por cento dos docentes da rede pública ganham menos que outros profissionais com mesmo patamar de formação. Boa parte dos alunos das escolas públicas brasileiras não suporta mais as más condições físicas das escolas, a falta de materiais e equipamentos o que os leva a um verdadeiro sacrifício para estudar. Similarmente os professores também não mais suportam a falta de condições de trabalho e de um plano de carreira digno”.

Para ele, não é por acaso, a quantidade de greves que ocorrem todos os anos em toda rede de ensino público do fundamental ao universitário.

Metas

Para Eduardo Amorim, não é possível formar bons alunos sem a presença de um corpo docente qualificado e motivado, portanto o primeiro passo para melhorar o desempenho dos alunos, mantendo-os em sala de aula é o investimento nos profissionais do magistério. “É prioritária a implementação de um plano de cargos e salários compatíveis com a formação e o desempenho de cada professor, além disso, é preciso também haver a regulamentação da carreira dos servidores não-docentes, ou seja, os funcionários administrativos, e todos os demais que realizam os serviços de apoio, intrínsecos ao processo educativo”.

O parlamentar acredita ainda que é necessário rever o modelo aplicado na educação sergipana e as consequências para as gerações futuras. “O âmbito escolar precisa dispor de espaços e equipamentos que favoreçam a aprendizagem; usar a informática como ferramenta de trabalho; utilização de conteúdos práticos; proximidade com os livros, com atividades de campo; promover políticas educativas associadas com o reordenamento econômico, a fim de combater o desemprego estrutural e estimular o empreendedorismo e a empregabilidade”.

 

Desafios Imediatos

A qualidade da educação em Sergipe, segundo Eduardo Amorim deve ser observado não como uma política de governo, mas como uma política de Estado, tendo como pilares fundamentais e obrigatórios de todo o sistema de planejamento educacional as seguintes metas:

– Promover a gestão técnica na Rede Pública Estadual, para auxiliar na formulação e planejamento da política educacional municipal de acordo com as metas propostas pela Secretaria da Educação;

– Adotar metas objetivas para o incremento do número de escolas em tempo integral;

– Investir na preparação de mestres alfabetizadores para um esforço objetivo na redução do número de jovens e adultos iletrados;

– Articular com os municípios a universalização do Ensino Fundamental de qualidade, visando ampliar a escolarização das crianças de 4 a 10 anos;

– Garantir a melhoria de bibliotecas e ampliar os recursos de tecnologia de informática nas atividades escolares e acesso para o professor às ferramentas informáticas;

– Ampliar os Núcleos de Línguas nas escolas, principalmente de inglês e espanhol;

– Ampliar a oferta de vagas no Ensino Profissionalizante através dos Centros Profissionalizantes.

Há, portanto, segundo o senador, muitas outras iniciativas que estão neste exato momento sendo discutidas com a sociedade e pessoas de notório saber na área de educação com o objetivo de trazer para nosso estado uma Educação que venha a nos orgulhar num futuro não muito distante.

joedson: