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Jornalista desabafa como foi barrado, agredido e detido

O jornalista Daniel Rezende, da Rádio Xodó FM, detalhou em uma rede como foi barrado, agredido e até detido pela Polícia Militar, quando trabalhava na cobertura da Festa do Caminhoneiro, em Itabaiana, no último final de semana. O jornalista atribui o constrangimento a um servidor da Prefeitura de Itabaiana conhecido como “Galeguinho”, que comandava aos seguranças da festa, e o barrou pessoalmente em um dos espaços, mesmo mediante a apresentação da credencial de profissional de imprensa, a qual permite o acesso a todos os locais do evento. 

“Tentei explicar que possuía credencial, mas os membros da segurança apenas informavam que Galeguinho havia emitido a ordem para que mais ninguém que não possuísse pulseira transitasse por ali. Galeguinho veio até mim com um tom de arrogância informando que eu não passaria por ali de nenhuma maneira. Indignado com a situação e a prepotência do rapaz, discuti com ele, que se revoltou quando informei que reclamaria ao prefeito e passou a me empurrar de forma violenta, e, em seguida, a tentar me conduzir para fora da festa. Foi aí que a Polícia Militar interveio e me levou para um posto policial repleto de detidos e lá me forçou a ficar sentado entre eles, mesmo quando tentei justificar por diversas vezes a minha versão”, lembra o jornalista, revelando que só foi liberado quando foi reconhecido por um dos policiais.

Ainda no seu desabafo na rede social, Daniel Rezende diz que, mesmo revoltado, triste e sentindo-se injustiçado optou por não buscar a Justiça. Tenta esquecer o episódio e isenta o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho. “Graças a companheiros de profissão, a exemplo de Aparecido Santana, que me ofereceu espaço na Rádio Educadora para relatar o caso, me encorajei a denunciar o fato e a publicamente lamentar o despreparo dessas pessoas da área de produção de eventos que se sentem os ‘Reis do Pedaço’ e destratam os profissionais da imprensa constantemente. Reconheço a ótima gestão do prefeito Valmir de Francisquinho e não o culpo pelo erro do seu comandado, mas recomendo que reavalie as suas escolhas”, aconselhou.

Do Universo

Sindijor-SE repudia agressão

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor-SE), entidade de classe que representa os Jornalistas e o Jornalismo em Sergipe, vem a público expressar seu repúdio à agressão sofrida pelo jornalista Daniel Rezende, na madrugada do domingo (11), em Itabaiana, durante a Festa do Caminhoneiro.

Daniel Rezende produzia matérias jornalísticas para a Rádio Xodó FM, quando foi agredido por um segurança que o impediu de adentrar a área reservada aos camarotes, mesmo o profissional portando o crachá de identificação da empresa e uma credencial do evento que lhe dava o direito de circular por toda a área da festa. A ação truculenta do segurança foi contida por um policial militar que interveio, após o jornalista ser empurrado para fora do local. A agressão foi testemunhada por várias pessoas que estavam na festa e lamentaram o despreparo do segurança.

Fundamentado na lei maior que rege a classe jornalística, o Sindijor reconhece Daniel Rezende como um profissional respeitado e cumpridor de suas atribuições profissionais, sempre pautado no Código de Ética do Jornalismo. Este ataque é mais um ato grave que demonstra a intolerância e a incapacidade de convivência harmoniosa de determinados setores da sociedade com os jornalistas, bem como fere o direito constitucional da liberdade de imprensa, prejudicando o pleno exercício da profissão.

Diante de mais uma agressão à categoria, o Sindjor reforça sua preocupação com a espiral crescente de violência contra jornalistas e estudantes em pleno exercício profissional. Também se solidariza com o jornalista Daniel Rezende, coloca a assessoria jurídica a sua disposição, e exige das autoridades itabaianenses a apuração rigorosa da agressão, com a punição do responsável.

A democracia exige respeito aos profissionais da imprensa, pois não há democracia sem liberdade de imprensa e não há liberdade de imprensa sem jornalistas.

Enviado pela Sindjor

Modificado em 13/06/2017 07:10

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