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13 de Julho: Além do risco de queda, população sofre com poluição

Foi ainda no ano passado que o ponto de ônibus situado na balaustrada da 13 de Julho foi desativo. O motivo de tal ação foi o zelo pela segurança dos usuários do transporte público. Na época, há exato um ano, o avanço da maré já era preocupação daquela gestão. No entanto, hoje, com o problema do avanço das águas a situação acentuou-se e as obras são necessárias. Entretanto, há o impasse na liberação da intervenção.

Não por acaso e preocupada com a situação do local que, diretamente a afeta a população aracajuana, a Prefeitura de Aracaju contratou a empresa Ambientec para desenvolver os estudos químicos e ambientais do local. À frente da empresa está o professor em Engenharia Química e Engenharia Ambiental, João D’Ávila. Para ele, a obra de contenção é mais do que uma necessidade é uma questão de responsabilidade social e proteção.

Um dos pontos levantados pelo professor é que o local em que será realizada a intervenção está localizado à beira do Rio Poxim, e não do Rio Sergipe como vem sendo divulgado e fruto de posicionamentos judiciais. A obra, de acordo com ele, não oferecerá risco ambiental, pelo contrário, evitará que maiores danos possam vir a ocorrer futuramente.

Com o passar do tempo e com as mudanças climáticas, que afetaram diretamente a direção e a força das marés, o desenho dos rios Poxim e Sergipe se modificaram. Uma das modificações registradas foi um declive, chamado de bico de pato que fez com que houvesse um desvio do Poxim e, com isso, as ondas passaram a bater com mais força no local em que hoje fica a balaustrada da 13 de Julho.

“Com o avanço e força da maré, o solo daquela região foi sofrendo um desgaste natural. A cidade foi avançado e a natureza também. É possível mostrar através de imagens que há pontos e que já foram feitos verdadeiros buracos na parede da balaustrada. A medida que a maré avança, o solo vai sendo vai desgastado interiormente, o que aumenta o risco de haver um desabamento na região”, explicou João D’Ávila ao frisar que a obra no local é uma questão de proteção à população.

Outra questão levantada pelo professor, mestre e doutor é que, além de os cidadãos de Aracaju estarem expostos ao perigo de uma possível queda da balaustrada, ainda há o rico de poluição. De acordo com João D’Ávila, o Rio Poxim está contaminado com 1,6 milhões de coliformes/100 ml de água. Isso significa que as águas do rio estão intensamente contaminadas com substâncias extremamente nocivas à sociedade.

“As pessoas pensam que, pelo fato de não tomarem banho no rio ou por não serem atingidos diretamente por suas águas, estão livres de contaminação, mas não estão. Existem pequenas partículas que, no momento e que as águas batem na balaustrada são levantadas e, em contato com o vento, são levadas para a população, esta que, inalam essas partículas contaminadas”, ressaltou o professor.

Segundo João D’Ávila as obras que tanto a prefeitura vem buscando desenvolver, darão uma maior margem de distância entre o rio e a avenida Beira Mar. “Serão cerca de 40 metros a mais de distância. Além disso, os espigões serviram como amortecedores que irão conter a energia da onda, o que diminuirá o impacto”, explanou.

Em meio a tantas divergências, o professor ainda deixou claro que o que está sendo pontuado, vai além de se acreditar ou não na palavra de um ou de outro. Para ele, matemática é uma ciência exata, ou é ou não é. “Podemos mostrar através de números os perigos que se corre naquela região. Com os números contrastamos com as imagens que reforçam ainda mais. Se as obras ainda não foram feitas é porque o entendimento não está na alma das pessoas. É preciso que haja confiança na capacidade técnica do nosso estado”, concluiu ao reforçar ainda que mais estudos serão desenvolvidos para enfatizar as conclusões já estabelecidas até então.

 

Enviado pela Secom da PMA

Modificado em 19/11/2013 19:46