Por Joedson Telles
Apesar de nem todo mundo aceitar a realidade trivial, problemas são tão comuns quanto à própria existência humana. A vida do vizinho não é melhor. Quem pode bater no peito e dizer que se dá ao luxo de nunca ter enfrentado um problema? Só um mentiroso. Se Deus que, indiscutivelmente, é infinitamente maior e superior a qualquer um tem problemas, imagine um mortal? Ou ter o satanás como inimigo perseguindo seus filhos 24 horas não é um problema? E o que dizer de amar um mundo egocêntrico, frio e extremamente ingrato como o nosso?
Morte, desemprego, solidão, doença, ingratidão, traição, injustiça, fome, decepção… A lista é grande. A dor maior ainda. E o que diferencia um ser humano do outro, neste terreno, é a forma como cada um lida com o seu próprio problema. Uns lutam (nem todos de forma correta), outros se entregam e há aqueles que ficam no meio termo. Nada mais óbvio. Mas o que explica estes comportamentos?
Longe da pretensão de servir de auto-ajuda, este texto tem como objetivo lembrar que os problemas são inerentes à vida, observar que muitos são de ordem espiritual e, sobretudo, apontar que sem uma fé verdadeira em Deus, através de Jesus Cristo, o tempo passa os problemas não.
Estamos tratando de coisas espirituais. É imprescindível entender que somente com ações materiais não iremos a lugar algum. Aquela frase, mais ou menos assim, “você não pode lutar com o que não vê” resume o juízo.
“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:11-12).
É preciso entender que a fé é única ferramenta eficaz nesta guerra. Única. Os passos materiais podem, e devem auxiliar, mas sem fé, nada feito. E o que é fé à luz da Bíblia? “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11:1).
Note-se, portanto, que o primeiro e o mais decisivo passo para se enfrentar um problema é assumir a fé em Deus. Não da maneira que se acha correto, mas praticando a sua palavra. Sendo obediente ainda que a realidade mostre um cenário contrário. Se a Bíblia fala em “firme fundamento das coisas que se esperam”, a pessoa espera resolver o problema e dentro de si acredita no poder de Deus, não pode duvidar.
O que, às vezes pega, é justamente a naturalidade da coisa. Culturalmente, duvidamos do simples. A pessoa pensa que somente acreditando no poder de Deus o problema não será solucionado. Vive no automático do mundo carnal e subestima o espiritual. Esquece, inclusive, que Deus fez o mundo com a palavra, provando o seu poder. Que Jesus fez inúmeros milagres com a palavra também.
Até acredita nas histórias bíblicas dos triunfos de homens da fé como Noé, Abrahão, Moisés, Jaco, Jó, Paulo e tantos outros. Mas quando é o momento de olhar a própria vida enfraquece a fé. Aliás, este é o segredo: o medo e a dúvida anulam a fé. Quem tem fé em Deus não duvida jamais. Mesmo que a situação se mostre perdida aos olhos humanos. “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (João 11:25).
Problema? Fé em Deus. Ore. Apresente as dificuldades ao criador. Faça sua parte também. Não deixe tudo nas mãos dele. Lembre-se: Deus só irá fazer aquilo que você, de fato, não pode fazer. E nunca esqueça: o mal será derrotado, mas o tempo é de Deus. Nada de açodamento. Mantenha sua fé. O tempo de espera é também um ato de fé.
Não murmure. Deus não gosta deste tipo de atitude. Veja o problema como uma benção que lhe aproximou de Deus. O mundo não é só carnal. Trabalhar, ganhar dinheiro e gastar… É preciso equilibrar as coisas. Cuidar do espírito. Semear amor. Perdoar. Ler e praticar a palavra de Deus. O problema não é bom, evidente. Mas lhe dá mais uma oportunidade de enxergar a realidade enquanto há tempo.
Deus no comando.
