Por Joedson Telles
Ao comentar, na Fan FM, as críticas da oposição, quando o assunto é o Hospital de Campanha da Prefeitura de Aracaju, o prefeito Edvaldo Nogueira demonstrou maturidade. Edvaldo pontuou que enquanto está focado em salvar vidas seus adversários pensam em votos, é verdade. Entretanto, ele investiu a maior parte do tempo da entrevista em explicar praticamente passo a passo como vem liderando as ações do município no combate ao letal coronavírus. Não caiu na armadilha de alimentar a antecipação da subida ao palanque.
Edvaldo demonstra saber que ser o gestor momentâneo da capital já é o suficiente para atrair as metralhadoras dos que querem ocupar o posto – direta ou indiretamente – e que isso tende a se intensificar à medida que as eleições se aproximam.
Além disso, o prefeito espelha não tomar como surpresa que o momento de crise serve para a oposição unir o útil ao agradável: cobrar a quem tem a obrigação de prover soluções e ficar bem aos olhos do eleitor. Tudo legítimo. Tudo do jogo político.
Os anos que esteve na oposição não permitem a Edvaldo desconhecer a importância para qualquer gestão de uma fiscalização séria por parte dos adversários. Um governante botar todo mundo debaixo do guarda chuva soa tanto impossível quanto imoral. Seria de uma violência desmedida com a população. Basta municípios e Estados cujo Poder Legislativo ajoelhasse quase que na sua totalidade aos pés do Poder Executivo em troca de cargos e outras “vantagens” nada republicanas.
E, lógico, jamais será benéfico à sociedade ter um governo imune a críticas e cobranças. Por mais preparado, sério e bem intencionado que seja o chefe do Poder Executivo, a divergência sempre será o principal combustível para a busca da excelência – joia, infelizmente, rara em se tratando de política.
Edvaldo sabe de tudo e isso, mas tem ciência também que nem tudo são flores. Há na oposição quem, de fato, queira o melhor para Aracaju – e tenha preparo para ser gestor. Gente que tem em mente um projeto de enfrentamento ao vírus que acredita ser mais eficiente que o atual. Gente que quer servir.
Todavia, o prefeito sabe que há também oportunistas. Aventureiros que não têm sequer um projeto para Aracaju, mas nutrem o sonho de ser prefeito. Existem os que sequer conhecem o município e os seus problemas. Só querem o poder pelo poder.
Não esqueçamos dos que queriam estar no governo Edvaldo, mas não têm espaço. Tampouco dos que querem marcar território, projetando futuras eleições. E computemos, lógico, os frustrados que sabem que nunca serão prefeito e, movidos pela inveja e demagogia, destilam ódio, fazendo a rasteira oposição pela oposição.