Por Joedson Telles
Se não houver imprevisto, o secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Antônio Hora Filho, estará na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira, dia 15, atendendo a um requerimento do deputado Georgeo Passos. A ideia é o secretário traçar um diagnóstico do problemático sistema prisional sergipano e apontar os caminhos que o governo Jackson Barreto têm percorrido para tentar, ao menos, minimizar os estragos de um visível sistema falido.
“Está claro que o sistema prisional vive uma grave crise, como fugas em massa e assassinatos dentro dos presídios. Queremos que o secretário nos diga o que tem sido feito para reverter esse problema, bem como o que o governo pretende melhorar nas condições de trabalho dos servidores desta Secretaria. O concurso público para esta área será ou não aberto?”, indaga e indagará ao secretário.
É mais uma iniciativa louvável do deputado Georgeo Passos, cujo trabalho precisa ser acompanhado de perto pela sociedade para atestar que, quando um político quer, o coletivo é prioridade. Todavia, infelizmente, não saltará do discurso à prática.
O deputado está certíssimo. Bem intencionado. O problema, contudo, repousa num verbete com seis letras: lógica. Um governo que não trata bem servidor público, aposentados e pensionistas, pra citar apenas um ponto negativo, pode ter um projeto eficiente voltado ao sistema prisional? Alguém acredita? Não creio e vou mais além: seria de um a incoerência gigantesca. No mesmo ambiente, o Estado corresponder às expectativas dos presos, mas não dos agentes prisionais.
Adianto aqui, até pela previsibilidade deste governo medíocre: o secretário falará, falará, falará, mas a coisa não mudará uma vírgula: Sergipe continuará custeando com o suado dinheiro do contribuinte uma mega caixa de concreto, desumanamente, superlotada de pessoas e problemas. Um sistema prisional falido que não ressocializa ninguém e fuga passou a ser uma palavra tão comum quanto presos, visitas e agentes penitenciários. Quer apostar um dia só lá dentro?