Por Joedson Telles
É preocupante o grande número de pessoas que, mesmo tendo ciência que todos enfrentam a morte, negligenciam a vida espiritual. O foco principal não é uma vida em harmonia com Deus, mas garantir a maior renda possível e gastar o tempo que tem nesta vida realizando desejos materiais. Há quem, quando muito, reserve algo em torno de 1% do tempo para escutar ou ler uma mensagem colhida na Palavra de Deus, que, dificilmente, será aplicada na própria vida.
O ser humano que não vive pela fé em Deus, ainda que não tenha a vida que gostaria de ter – e olha que é difícil preencher um materialista – se conforma com os poucos anos que Deus lhe permite existir neste mundo. Ou não sonha com a vida eterna ou comete o erro de almejá-la sem respeitar critérios inegociáveis. Acha que, independente do seu comportamento, já tem garantido o lugar mais vip do céu. Equívoco fatal. Prova não conhecer a Palavra de Deus.
“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida a salvará. Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?”, indaga Jesus Cristo em Lucas (9:23-25).
E o que quer dizer o Mestre Jesus, em resumo, com estas preciosas palavras? Aplicar a Bíblia na própria vida é pré-requisito para garantir a salvação. Abrir mão daqueles desejos que não encontrem harmonia na Palavra de Deus. E ainda estar preparado para as provações inerentes a esta vida.
Sobretudo quando se aceita Jesus de verdade, vivendo seus ensinamentos, automaticamente, compra-se uma briga espiritual contra o satanás. Eis a cruz. Mas o lado bom é que Deus não falha. Depende de cada um de nós fazermos a nossa parte para vencermos as lutas. O diabo é insistente, mas já foi derrotado por Jesus na cruz. “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).
Adquirida a imprescindível consciência da necessidade de viver os ensinamentos de Jesus, apostando na salvação eterna mediante a graça de Deus, o cristão passa a ter a obrigação de ensinar esta preciosidade. Evangelizar não é exclusividade de pastor ou padre. É uma obrigação satisfatória de todo cristão. Sem o desejo imperioso de dividir a boa nova não se é cristão.
Aliás, as últimas palavras de Jesus Cristo antes de voltar para o Pai deixam isso evidente. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mateus 28:19-20).
Deus no comando.
