Líder da oposição e líder do governo trocam acusações contra aliados de adversários
Por Joedson Telles
Na manhã desta terça-feira 12, o que era para ser apenas um pronunciamento, na tribuna da Assembleia Legislativa, do deputado estadual líder da oposição, Capitão Samuel Barreto (PSL), responsabilizando o Governo do Estado pelo rompimento da Adutora do São Francisco, que deixou inúmeros sergipanos sem água, desde a tarde do último sábado 9, acabou servindo de combustível para uma troca de farpas entre ele e o líder do governo do Estado, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT). Ao direcionar o pronunciamento para as acusações de corrupção envolvendo o Partido dos Trabalhadores, Samuel provocou a indignação de Gualberto, que respondeu na mesma moeda. Inclusive assegurando que aqui em Sergipe existe exemplo de corrupção envolvendo aliado do deputado Samuel.
De acordo com o deputado Samuel Barreto, O PT Nacional está em frangalhos, sendo alvo de novas denúncias todos os dias. “É do conhecimento de todos. Em Sergipe, tivemos um ex-deputado pelo PT, Rogério Carvalho, que foi condenado por improbidade administrativa. O presidente do PT de Sergipe. Não estou dizendo que ele é ladrão ou que não é, mas foi condenado por improbidade administrativa. E o PT nacional é de conhecimento público a organização criminosa que foi montada neste país para roubar o dinheiro público. E isso é de conhecimento de todos – não sou eu quem fala. E eu tenho direito de falar. Enquanto estiverem roubando vou denunciar”, disse Samuel.
O deputado Francisco Gualberto, por sua vez, até entende as críticas do deputado Samuel, mas acredita que ele erra ao generalizar, já que existem pessoas honestas no PT. “Eu posso saber que na rua que você mora tem um traficante, mas não posso dizer que todos que moram na sua rua são traficantes. Interpelei o deputado porque eu sou do PT. A deputada Ana Lúcia é do PT. O PT tem milhares de filiados neste país. Obviamente que alguns, em nível nacional, não em nível de Sergipe, se envolveram em processo de corrupção. Mas eu perguntei ao deputado porque ele não fala sobre os representantes do grupo político dele, que não estão só denunciados: tem gente condenada. Perguntei por que ele escreve a poesia que diz assim: ‘ladrão do meu grupo está no meu coração. Ladrão meu adversário tem que ir para o inferno’. Uma política da seletividade da corrupção”, disse Gualberto.
