Aconteceu, na manhã desta quinta-feira 29, na sala de audiências, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Aracaju, 1º Tribunal do Júri, a audiência de instrução do Processo relativo ao delito ocorrido no dia 4 de novembro de 2012, por volta das 16 horas em frente ao Cemitério São João Batista, Bairro Areias, em Aracaju, evento que passou a ser conhecido como o “Crime do Cemitério”, quando foi executada a pessoa de Milton César de Oliveira (Toninho).
Na ocasião, Toninho participava do enterro de sua irmã, Claudeci Oliviera (Didiu), assassinada no dia anterior, 3 de novembro de 2012, por volta das 23h30, na Rua Manoel Vieira Melo, conjunto Jardim Centenário, Bairro Olaria, zona oeste dessa capital, sendo apontada a motivação principal para os dois homicídios o envolvimento com o tráfico de drogas entre os mortos e seus algozes.
O segundo crime causou repercussão em razão da ausência de respeito dos autores, quando ignoraram a dor da família enlutada com a primeira perda, ocasionando aos demais parentes dor ainda maior com a tragédia que presenciaram.
O Ministério Público de Sergipe através dos Promotores de Justiça Djaniro Jonas e Rogério Ferreira acusam as pessoas de Júlio César dos Santos Leandro, Pedro Vigner dos Santos, Marcos Túlio Oliveira de Araújo (Túlio de Chicão) e Deyvisson Rodrigues Ramos (Talita) de haverem praticado duplo homicídio qualificado, cometido em desfavor dos irmãos Claudeci Oliveira (Didiu), Milton César de Oliveira (Toninho), Porte Ilegal de Arma de Fogo, Receptação de arma de fogo e Sequestro de um taxista, o qual foi obrigado a conduzir os homicidas até o cemitério.
Na audiência presidida pela Juíza Olga Barreto foram ouvidas testemunhas que tiveram conhecimento dos fatos, que estavam presentes no local ou que tinham informações de circunstanciais dos crimes. Participaram do ato os Promotores de Justiça Djaniro Jonas e Rogério Ferreira e o advogado Diógenes César Augusto Campos dos Santos, na defesa dos acusados.
Com a oitiva das testemunhas, o próximo passo será o interrogatório dos acusados e uma vez provadas a autoria e materialidade dos crimes, os acusados deverão ser submetidos a julgamento pelo Primeiro Tribunal do Júri da Comarca de Aracaju.
