Por Joedson Telles
Presidente do Diretório Municipal de Aracaju do PMDB, o deputado estadual Garibalde Mendonça vê como açodamento quaisquer definições sobre as eleições 2018, neste momento. Segundo ele, apesar das especulações, muita coisa que for definida agora pode não se sustentar até o momento de as chapas serem registradas. “Já vi acontecer de tudo até as vésperas das eleições. Temos ainda um ano e meio e depois da reforma política vamos ter um denominador comum em ralação a tudo isso”, disse Garibalde, defendendo, entretanto, as pré-candidaturas do governador Jackson Barreto (PMDB), ao Senado Federal, e do vice-governador Belivaldo Chagas (PMDB), ao Governo do Estado.
É o momento de os governistas sentarem à mesa para discutir o processo eleitoral 2018?
Eu estou achando muito cedo. Estão adiantando demais o processo eleitoral, que vai depender muito da reforma política. Temos que aguardar primeiro e ver como vai ser realmente. Depois de tudo isso é que eu acho que devemos pensar. Da minha parte, eu vou começar a pensar em política depois que tiver uma definição completa em relação a essa reforma política, que espero que seja aprovada em Brasília.
Mas o PMDB já definiu as pré-candidaturas de Jackson Barreto ao Senado e Belivaldo ao governo?
A definição é que o PMDB, por ser o maior partido em Brasília e aqui em Sergipe, tem como lançar um pré-candidato ao Governo do Estado e outro ao Senado. O nome forte do partido, hoje, para o governo é o de Belivaldo Chagas. É o nome que eu apoio, e claro que o nome de Jackson Barreto como pré-candidato ao Senado contempla o partido. São duas peças majoritárias das mais importantes do nosso partido e que tem o meu apoio.
O PMDB ocupar duas vagas, das quatro existentes na chapa majoritária, não cria problema pelo tamanho da aliança?
O PMDB, hoje, tem o governador do Estado e o vice… Claro que todas as partes têm direito de manifestar sua opinião. Claro que com o passar do tempo começam as conversações. Hoje, temos a vaga para vice e outra para o Senado, e também a parte de deputados federais e estaduais. Eu acho que o PMDB vem no caminho certo, tentando almejar essas vagas na majoritária, assim como os outros partidos têm direito de fazer, mas eu torço que essas duas vagas fiquem com o PMDB.
O ex-prefeito Heleno Silva, por exemplo, já antecipou que, se não tiver vaga para disputar o Senado no grupo governista, deixa o bloco. Não preocupa este tipo de reação?
Heleno está no papel dele. É uma grande liderança, principalmente na região do sertão, e tem todo direito de pleitear uma vaga na majoritária. Temos outras vagas na majoritária. Na minha opinião, eu acho que a vaga para governo é uma vaga que internamente dentro do partido já está definida pela maioria dos membros do nosso partido. E Jackson Barreto seria o outro nome para o Senado. Heleno pleiteia uma vaga, assim como o PSD. Eu acho que vamos tentar amadurecer essas conversas e todos eles têm direto. Ainda tem o PT que pleiteia uma vaga. Estou no quinto mandato de deputado estadual, e já vi acontecer de tudo até as vésperas das eleições. Temos ainda um ano e meio e depois da reforma política vamos ter um denominador comum em ralação a tudo isso.
Como avalia a possibilidade de o deputado federal André Moura desembarcar no PMDB para comandar o partido?
Eu vejo isso através da imprensa. Não conversei com ele. André Moura tem tido um papel muito importante: é um líder no Congresso da presidência da República, coisa que nunca tivemos. É um nome muito forte que está ajudando o Estado e tem o direito de pleitear. Eu não ouvi dele qual seria sua posição. Pela imprensa, vejo que ele quer a reeleição para deputado federal. Com relação ao PMDB, não vejo nada. Mas o PMDB está tranquilo. Está se fortalecendo em todo Estado. Claro que ninguém sobe sozinho e temos que ter os partidos coligados. Nós queremos fazer uma coligação ampla com os partidos que sempre nos acompanhou.
