Machado: acreditando em João
Por Joedson Telles
Acreditando que “no momento certo”, o prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), anunciará a pré-candidatura à reeleição, o vice-prefeito José Carlos Machado (PSDB) avalia as críticas que a atual gestão vem recebendo, por parte dos pré-candidatos Valadares Filho (PSB) e Edvaldo Nogueira (PC do B) e ainda dos seus aliados, como parte do jogo político do processo eleitoral. Machado afirma que o surpreendente seria adversários de João Alves reconhecendo o esforço dele para administrar Aracaju em meio à crise econômica.
“O papel da oposição é esse mesmo. Já pensou se a oposição estivesse elogiando João Alves? Tinha alguma coisa errada. Eu aprendi isso com Arnaldo Garcez, ex-governador de Sergipe. Oposição quer o poder, mas tem que entender que a crise que afeta o país afeta os governos estaduais e afeta os governos municipais”, disse Machado.
O vice-prefeito observou que não se trabalha com números exatos e que o município de Aracaju depende muito de transferências constitucionais – o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o ICMS. “Se cai, o que o prefeito vai fazer? O governo tinha o sonho de construir a avenida perimetral, o projeto está pronto, mas depende de empréstimo. O Governo Federal disse: para tudo com essa crise. Apesar de tudo isso, o aracajuano tem que reconhecer o esforço elevado e o extremo carinho que João Alves tem por Aracaju.
Machado assegura que embora o prefeito seja muito cobrado pelas promessas de campanha, se as obras não andam no ritmo desejado, o culpado não é ele. “Começamos uma obra importante para Aracaju, a maternidade, no bairro Santa Maria. O Governo Federal assumiu um compromisso conosco, o convênio assinado. Entre o encaminhamento da fatura e o pagamento leva 90, 120, 150 dias. A empresa para pra retomar, e é outra história. É uma dificuldade extrema. Tantas obras em andamento com parceria com o Governo Federal, e é essa coisa… Se dependesse só de João tudo que ele prometeu teria realizado. Ele tem uma capacidade extraordinária de trabalho. É um homem que tem uma visão de futuro muito elevada”, disse.
Ressalvando que não se trata de uma crítica direta “a este ou aquele governador”, Machado afirmou que na Zona de Expansão predominava a existência de lagoas, que serviam para acumular águas de chuva, mas metade delas desapareceu. “Está sendo um canal revestido agora e na construção está revisto a construção de duas lagoas. O canal atravessa áreas caríssimas, valorizadas. Só a desapropriação das duas áreas para a construção de duas lagoas custa quase R$ 6milhões. Essa dificuldade a oposição sabe”, assegurou.
Ainda segundo Machado, existe o argumento que foi deixado o dinheiro para construir o canal. “Mas por que não explica que deixou o dinheiro para construir o canal, mas não deixou o dinheiro para desapropriar as duas áreas e construir lagoas? Se fosse João que tivesse administrado Aracaju nos últimos 10 anos isso não teria acontecido. Falta ao gestor visão de futuro. Qualquer pessoa sabia que aquelas lagoas na Zona de Expansão eram fundamentais para acumular a água da chuva. Se você tapa a lagoa para construção de condomínios de luxo, vai ter que construir obras caríssimas, canais gigantescos, ou abrir novas lagoas”.
