“Se passar menos tempo fofocando nas redes e estudar, vai saber que o Estado é laico”
Por Luiz Sérgio Teles
Em tom de pito, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT) rechaçou, nesta terça-feira, dia 19, as críticas do também deputado estadual Rodrigo Valadares (PTB), que, por ter entendido que o petista se manifestou contra os evangélicos (pela não realização da festa gospel, que geralmente acontece no dia do aniversário de Aracaju), disse que ele representava a política velha, por defender as gestões do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B) e do governador Belivaldo Chagas (PSD).
“Eu expliquei que o Estado é laico e que, hoje, mesmo estando no calendário do município ou do Estado, eles não são obrigados com os recursos próprios, promover a festa. Não fiz nenhum comentário sobre denominação religiosa. Eu fui acusado do que jamais disse. Parte de minha família é evangélica. Eu não me manifestaria contra evangélicos. Convivi com pastor Antônio 16 anos na Assembleia, fazendo entendimentos para vários projetos que ele conduziu baseado na fé dele. Nunca tive dificuldade de convivência. O senhor chegou, há poucos dias, e já tenta destruir a história, dizendo que eu fiquei contra aos evangélicos. Isso é deslealdade”, disse.
Gualberto afirmou que Rodrigo Valadares denomina-se um integrante da nova política, mas, na verdade, começa sua trajetória como um ancião com muitas rugas. Ele ainda observou que muitas vezes o cérebro envelhece precocemente devido ao caldo cultural em que vive. “De novo, ele não tem nada. Um ancião, muitas vezes, precisa aprender a respeitar seus limites. Precisa aprender que não pode subir ladeira correndo. Pise no freio um pouco. Se passar menos tempo fofocando nas redes sociais e estudar um pouco mais, vai saber que o Estado é laico”, cutucou.
Gualberto entende que as críticas voltadas à gestão Edvaldo Nogueira estão ligadas ao fato de o grupo defendido por Rodrigo Valadares ter perdido as últimas eleições municipal e estadual. “Chame o seu time, contrate um preparador físico para correr as ruas de Sergipe, já que me parece que a questão não é muito ideológica, mas deve ser de carreira física. Pare de se apresentar como um novo tentando desmoralizar a história da Casa. Não somos donos do parlamento. Antes de nós outros sábios e importantes parlamentares passaram por aqui e ajudaram a construir uma história. Aí surge um DNA extraordinário e, pela prepotência apresentada, acredito que esse DNA deva ter vindo da lua”, ironizou.
Francisco Gualberto ainda disse que, assim como o presidente da República, Jair Bolsonaro, a política que se apresenta em Sergipe como nova é uma nuvem passageira. “Não passa desse período”, assegurou.
