O deputado estadual Capitão Samuel (PSL) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, no Grande Expediente, na manhã dessa terça-feira (8), para rebater uma declaração do governador em exercício, Jackson Barreto (PMDB), ao portal Faxaju, sobre o concurso público para as áreas da Segurança, em especial, para as Polícias Militar e Civil. O parlamentar reproduziu a fala do governador quando ele pede que os policiais cumpram com suas obrigações. Samuel saiu em defesa dos escrivães de polícia e pede que o governo cobre dos delegados o cumprimento de suas funções.
Samuel lembrou que na sessão de ontem (7), cobrou publicamente a realização do concurso público. “Hoje, ao Faxaju, Jackson diz claramente que o concurso para mais 600 homens na corporação acontecerá ainda neste mês de outubro. Ele não disse se é outubro deste ano ou do próximo. Mas garantiu que vai acontecer. E antes de encerrar sua entrevista, ele pediu que os policiais civis e militares cumpra com suas obrigações! Mas eles estão cumprindo já! O problema é que a quantidade de homens nas ruas é insuficiente para garantir a segurança”.
Em seguida, Samuel disse que o governador tem que entender, por exemplo, que o escrivão de polícia não é delegado. “Os escrivães estão autorizados pelo governador a cumprirem apenas as suas obrigações. Eles estão lá para escrever e não para perguntar na hora do inquérito! Infelizmente, durante a grande maioria das oitivas os delegados não estão presentes. Agora os escrivães vão cumprir seus deveres e o governo que cobre dos delegados que eles atuem nas delegacias a noite, nos feriados, nos finais de semana, que façam as oitivas. O governo quer priorizar a ‘elite’ sem olhar para os pequenos”, alfinetou.
Samuel antecipou uma grande carreata prevista para o próximo dia 20 quando os servidores da Segurança Pública vão cobrar do Estado o cumprimento de suas obrigações, como o anúncio, ao menos, da reposição inflacionária do período. “Quanto a PM o governador não se preocupe porque as Associações Militares não vão deixar de cumprirem seus papeis. Quem abandonou o Estado foi o governo!”.
“Fiquei sabendo que vem um veto do governo para esta Casa sobre a nossa emenda ao projeto da Segurança Pública que cria o Bolsa Formação. Quero ver o comportamento da AL tendo em vista que o próprio líder do governo na Casa, deputado Gustinho Ribeiro (PSD), apresentou uma emenda ao projeto. Aí será o samba do crioulo doido! Espero sim que, diferente da outra vez que prometeu, que dessa vez o governo realize o concurso público”, completou Samuel.
Por Habacuque Villacorte, da Agência Alese
