Por Joedson Telles
A desistência da vereadora Emília Corrêa (Patriotas) de colocar seu nome à disposição do agrupamento político como uma opção para a disputa pela Prefeitura de Aracaju, em 2020, não passa de mais um boato. Uma mentira. A certeza de que Emília continua à disposição do que o grupo político entender ser o melhor para a população de Aracaju – inclusive disputar a PMA – foi ratificada pela própria parlamentar, nesta quarta-feira, dia 9, ao ser indagada pelo Universo sobre o suposto recuo. “Eu não desisti de absolutamente nada, até porque não tem nada de confirmado no nosso grupo. O grupo tem se fortalecido, tem nomes, e um dos nomes mencionados é o meu. Isso talvez já seja o desespero ou o receio do fortalecimento do grupo”, disse Emília.
Pega de surpresa esse boato que a senhora desistiu de uma possível pré-candidatura à Prefeitura de Aracaju?
Eu estou sabendo agora da minha desistência (risos). Eu não desisti de absolutamente nada até porque não tem nada de confirmado no nosso grupo. O grupo tem se fortalecido, tem nomes, e um dos nomes mencionados é o meu. Isso talvez já seja o desespero ou o receio do fortalecimento do grupo. Os nomes estão postos. Eu tenho dito que primeiro a gente está fortalecendo o grupo com os nomes que apareceram. No final das contas, com os critérios que estabelecemos para que seja confirmado um único nome. Quando chegar o momento, eu irei me posicionar porque aí vem a opinião pessoal, se aceitarei ou não. Primeiro, a gente fortalece a equipe e depois a gente avalia. Eu entendo que é interessante e agradeço muito as menções e lembranças do meu nome.
Inclusive, não é o primeiro boato que tentam plantar sobre o agrupamento, não é mesmo?
Aconteceu isso na campanha para deputada federal. O então presidente do partido puxou o tapetão da minha candidatura ao Senado. Eu não tinha desistido. Infelizmente, foi puxado o tapete. Fui candidata a deputada federal, fui até o final, e assim tem sido minha vida. A gente vai até o final das coisas que entende que pode e acredita.
O que tem sido tratado neste primeiro momento nas reuniões do grupo?
Nessas reuniões, a gente tem tratado sobre a pauta Aracaju. Entre os possíveis nomes mencionados no grupo, nós temos conversado e acordado, inclusive, que teremos um único nome e estaremos juntos, independente de qual seja o nome. Temos traçado planos de ação, critérios para definição de algumas coisas. Tudo feito de uma forma em conjunto para que o grupo permaneça forte.
Eleição só as urnas garantem… Mas a votação que a senhora teve para deputada federal, o próprio exercício do mandato, dá uma certa tranquilidade para uma reeleição. Seria sacrificar uma reeleição tentar uma candidatura majoritária?
Pode ser considerado, politicamente falando, um sacrifício. Para mim, qualquer função que você possa trabalhar em benefício do povo é interessante. Para mim, não tem uma maior que a outra. A gente tem que entender se há uma identificação, se a pessoa está disposta, se a pessoa quer. A pessoa é madura e sabe dos riscos que corre. Não existe reeleição certa para ninguém. Nem para o majoritário, que dizem que Edvaldo está reeleito e ele está muito enganado com isso. Cada eleição é uma eleição. A eleição mais difícil é a de vereador porque pulveriza muito o voto e as pessoas querem dar oportunidade a um novo que esteja chegando. A cidade é pequena, todo mundo se conhece. Eu sou muito pé no chão. Eu sei que se fizer uma opção pela reeleição de vereadora, não vai ser fácil. Não me encanto com funções ou poder.
A senhora conseguiu dar um furo em toda imprensa de Sergipe (ao filmar a discussão entre os vereadores Elber Batalha e Fábio Meireles, no plenário da Câmara de Aracaju, e veicular em uma rede social)?
Eu fiz isso porque achei um desrespeito da Presidência da Casa com o trabalho da imprensa. Como é que a imprensa aqui presente não pode filmar uma situação que é pública? Tudo que acontece na Câmara é público e a imprensa pode, sim, fazer o seu papel de repercutir, seja positivo ou negativo. Eu achei uma censura tão grande que fui e ousei gravar. O presidente não pôde coibir a mim. Alguns colegas falaram que eu acabei expondo, mas o que acontece na Casa é público. Quem tem que saber é o povo. Eu não posso ficar resguardando uma instituição que não tem se dado ao respeito por causa das próprias atitudes. Eu farei quantas vezes forem necessárias. Eu já avisei que se proibirem a imprensa de trabalhar e os assessores de comunicação não puderem fazer isso, eu vou fazer. Eu paro de ser vereadora naquele momento e vou repercutir para a imprensa.
Até porque a imprensa está prestando um serviço à sociedade…
Tudo que é em prol da sociedade. A imprensa e os Poderes existem por conta das pessoas. Então vamos parar com isso. Não está escrito em lugar nenhum que não pode, e, se tiver escrito, é censura. Tem que ter transparência.
Como a senhora avalia o episódio em si?
Como foi uma situação entre vereadores, cada um responda. Eu não posso julgar. Eu sei que o calor acaba trazendo coisas que não são rotineiras. Acaba revelando coisas que não seriam reveladas quando o clima está normal. Se é bom, não sei. Pode ser que depois os ânimos acalmem e digam que foi uma questão apenas de momento, mas a gente sabe que não é assim. O importante é que cada um vai responder por suas ações. Se eu aquecer o clima eu vou ter que responder por minhas ações, e ninguém vai me perdoar
O que está na agenda do Patriota, no momento?
Dia 19, o Patriota vai filiar muitos nomes que estão chegando. A gente convida dia 19, às 9h, toda a imprensa e todos aqueles se que interessarem em se filiar ao Patriota. O evento será na Assembleia Legislativa.