Por Luiz Sérgio Teles
Em tom de pito, o deputado estadual Iran Barbosa (PT) observou, nesta quarta-feira, dia 7, que não é o ex-governador Jackson Barreto (MDB) quem vai interferir no futuro político do Partido dos Trabalhadores, mas, sim, os que são filiados à legenda. “Essa é uma decisão que não vai ser sufocada pela vontade política de alguém que já governou Sergipe, não fez aquilo que deveria ter feito e, agora, quer interferir na decisão política do PT sobre as eleições municipais – já pensando na eleição de 2022, e usando isso, inclusive, como uma moeda de ameaça. Não se faz política dessa forma”, disse Iran.
O deputado petista reagiu às declarações de Jackson no sentido de que, se o PT decidir apresentar candidato próprio a prefeito de Aracaju, não fazendo parte do arco de alianças em torno do projeto de reeleição do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B), não terá a oportunidade de voltar a compor o bloco no pleito de 2022.
Iran reiterou ainda que o desejo da militância petista é dialogar com a população e apresentar nomes para a disputa, a partir de uma plataforma política e um projeto para capital sergipana que sejam condizentes com o que foi feito durante o período que o partido comandou a Prefeitura de Aracaju – entre os anos 2000 e 2006, através do saudoso Marcelo Déda. Segundo Iran, o PT tem que ser protagonista no processo eleitoral.
“Não podemos ser colocados numa posição secundária pela vontade de um político que disse que não iria disputar a eleição e disputou. O ex-governador Jackson tem uma histórica contribuição para Sergipe, mas ele precisa lembrar que o PT não deve seguir a orientação dele. Se Jackson Barreto tiver interesse de continuar dialogando como aliado e articulando a plataforma política que nós queremos defender para o estado, estamos abertos. Não dá para propor aliança e depois esquecer a plataforma, como está acontecendo agora na gestão de Aracaju”, disse.