Por Joedson Telles
Não cometeria a deselegância com os adversários de Edvaldo Nogueira de cravar aqui que a releição do prefeito de Aracaju está garantida. Que ele já pode escolher o terno. Tampouco substituiria urna por pesquisa. Soberano, o eleitor bate o martelo sempre ao seu tempo – e açodamento nunca é bem vindo à democracia que precisa nortear o pleito.
Entretanto, fica difícil bater de frente contra os números da mais recente pesquisa feita pelo Ibope, quando a candidata mais próxima do líder Edvaldo usa o seu próprio e precioso tempo de TV para falar que a cidade está um canteiro de obras pelas mãos do gestor.
Evidente que a porrada vem depois. Ela tenta persuadir que só agora, à porta das eleições, as obras estão sendo tocadas. Todavia, além de já ter admitido que a gestão Edvaldo Nogueira transformou Aracaju num canteiro de obras, permite ao aracajuano refletir se, de fato, todas as obras só estão sendo tocadas neste momento ou se há outras obras anteriores sonegadas por ela.
Neste caso, a propósito, basta quem recebe a mensagem ter conhecimento de apenas uma das várias obras realizadas nas gestões Edvaldo Nogueira para duvidar do conteúdo oposicionista. Até porque, Edvaldo, por sua vez, tem usado o seu tempo de TV para lembrar ao eleitor justamente o seu trabalho por Aracaju.
Admitir, em plena campanha eleitoral, que o adversário está trabalhando é de uma inocência sem dimensão.
Aliás, Danielle Garcia é honesta, corajosa e bem intencionada. Entretanto, verde, em se tratando de política, demonstra ser pessimamente assessorada. Desperdiçou muito tempo falando em Edvaldo, quando poderia bater mais na tecla do seu projeto para Aracaju, tentando, assim, persuadir o eleitor.
Difícil é saber quem em Aracaju não decorou falas da candidata do Cidadania como “Edvaldo mentiu”, “Vamos debater, Edvaldo”…
Agora, será que o eleitor – ou pelo menos a maioria – sabe na ponta da língua qual o projeto de Danielle Garcia para Aracaju? Contrariando “analistas políticos” a derramar lágrimas em grupos de zap, a pesquisa Ibope parece revelar o olhar do eleitor para o conjunto da obra.
