O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) destacou, na terça-feira, dia 7, em Plenário, a baixa qualidade da telefonia e da banda larga móvel no Brasil e, em contra partida, seus altíssimos custos. O parlamentar se baseou na análise dos relatórios da Agência Nacional de Telecomunicações a esse respeito. “Esses relatórios contêm indicadores pormenorizados, que possibilitam ilustrar melhor o problema”, explicou o senador.
O parlamentar afirmou que o indicador que diz respeito à taxa de “completamento” das chamadas, que evidencia se o usuário precisa ligar de novo não corresponde satisfatoriamente, pois nenhuma das empresas avaliadas (Oi, TIM, VIVO e Claro) cumpriu a meta da Anatel, que é de 67%. “Na verdade, o desempenho dessas empresas ficou na faixa dos 50%, na média nacional”, disse Eduardo.
Para o senador, o serviço de dados, a banda larga móvel, também, não é satisfatório. “A velocidade média de conexão da internet móvel brasileira é de apenas 1,8 Megabits por segundo. Isso nos põe atrás de Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela, para falar apenas do continente sul-americano”, disse ao completar que além de ruim, esse serviço é um dos piores do mundo.
O senador relatou, ainda, que o Brasil está na 119ª posição, no ranking dos serviços de telefonia mais acessíveis, à frente apenas dos países mais pobres do mundo como Haiti, Zimbábue e Etiópia. “Essa questão de acessibilidade é importante, mas não tem recebido a devida atenção das empresas de telefonia móvel que atuam no Brasil”, alertou Eduardo.
Reclamações
Eduardo Amorim afirmou que a insatisfação dos consumidores é evidente, conforme demonstra o número de reclamações nos PROCONS estaduais. “Em 2014, o setor de telefonia móvel foi o segundo mais demandado, com mais de duzentas e vinte cinco mil queixas, perdendo apenas para o setor de telefonia fixa”, repassou.
“O acesso a um sistema de comunicações de qualidade é mais do que um serviço pelo qual se paga caro. É um direito dos brasileiros, conforme a Lei Geral de Telecomunicações e gostaria de conclamar o Ministério das Comunicações e a Anatel, para juntarem-se a nós, no Congresso Nacional, para fazer cumprir o que a lei determina”, disse Eduardo.