A presidente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Angélica Guimarães (PSC), em um gesto de grandeza política, retardou o início da sessão ordinária dessa quinta-feira (3), para que dois projetos do Poder Executivo, que versam sobre categorias de trabalhadores, fossem protocolados a tempo de tramitar na Casa para serem colocados em votação, junto com os planos de cargos e salários que foram enviados anteriormente. Caso o expediente da sessão fosse lido, as proposituras já não poderiam mais tramitar e, no caso dos servidores da Fazenda, não poderiam ser mais atendidos.
“Atrasamos o inicio da sessão de hoje em virtude de estarmos esperando a chegada do projeto de Lei Complementar que institui o regime jurídico dos Servidores de Administração Fazendária do Estado e cria a carreira de Auditor Técnico de Tributos. Os projetos chegaram ao meio da manhã. O outro fixa o efetivo da Polícia Militar do Estado de Sergipe. O primeiro tem prazo para ser aprovado. Até amanhã no máximo! E terá que ser sancionado juntamente com os planos de cargos e salários”, explicou a deputada.
Em seguida, Angélica reforçou dizendo que “nenhum servidor será prejudicado. Esta Casa vai honrar os compromissos com os servidores e todos os projetos serão apreciados e deverão ser aprovados em tempo. A gente faz 99%, mas se não fizer 100%, ainda não presta! Não abrimos a sessão em respeito aos servidores e para manter a harmonia com o governo. Temos feito muitos gestos. Mesmo sendo da oposição, provamos que este Poder tem responsabilidade e hoje foi mais um exemplo”.
Ao receber a solidariedade dos deputados Antônio dos Santos (PSC) e Maria Mendonça (PP), Angélica Guimarães agradeceu destacando que se o expediente tivesse sido lido, na abertura da sessão, os projetos já não poderiam mais tramitar hoje, junto com os demais. “É dessa forma que a gente conduz o Poder Legislativo. Com responsabilidade! Este Poder vai continuar manter a harmonia com os demais, mas preservando sempre a sua independência”.
Maria da Penha
Antes de encerrar, Angélica Guimarães fez alusão a lei Maria da Penha. “Se ela (lei) valesse para nós, deputadas, nós já teríamos enquadrado muita gente. Fico solidária com a também deputada Maria Mendonça. Pelo o que a gente vem apanhando nesse tempo de oposição ao governo do Estado, confesso que não é fácil. Lembro que, no primeiro ano do governo, quando ainda estava na base aliada, não vi nenhum radialista ou jornalista achincalhar tanto essa presidente ou este Poder. É uma prova que existe lado nas posições”.
Por Habacuque Villacorte, da Agência Alese
