Por Luiz Sérgio Teles
Provocado sobre as especulações no sentido de o Partido dos Trabalhadores lançar uma candidatura própria à Prefeitura de Aracaju, rompendo com o prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B), o senador Rogério Carvalho (PT) ratificou, nesta segunda-feira, dia 22, que o desejo da militância da legenda continua sendo apresentar candidatura própria. O senador disse ainda que, caso não haja um entendimento, Edvaldo será o responsável por definir a hora que não vai querer mais o PT na administração municipal – e observou que a eleição de 2016 foi “casada”.
“Não é um governo de Edvaldo. Foi uma aliança PC do B e PT. Ele não foi eleito sozinho. Ele sabia da importância que o PT tinha para a eleição dele. Edvaldo é o prefeito e ele que tem a caneta. Ele pode fazer uma aliança com o PT. Vai depender da capacidade e habilidade dele. Só depende dele. A militância quer disputar a eleição, mas ele é o grande protagonista e quem tem que convencer é ele”, disse.
Rogério salientou que numa eleição não existe candidato natural, o que configuraria autoritarismo. “Natural é natural pra ele, porque é prefeito, buscar a reeleição. Na politica isso não existe. Naturalizar candidato é um ato autoritário para empurrar aquilo que é melhor para si ou para alguns mais próximos. Eu acho que não existe candidato Se o governador Belivaldo Chagas quiser apoiar Edvaldo, não tem problema. É um direito dele”, disse.
O senador avaliou que, apesar de Edvaldo Nogueira estar ocupando a cadeira de prefeito da capital, pode não estar correndo nas raias que o povo está olhando. “Nessa eleição que passou achavam que a liderança mais poderosa de Sergipe, que era André Moura, já estava garantido no Senado. Isso não se converteu em voto. Tinha um ex-governador recém saído do governo e também não foi eleito. O povo é quem vai escolher quem ai chegar na frente”,
Bolsonaro
Rogério Carvalho lamentou o fato do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), em um áudio vazado, ter chamado os nordestinos de “paraíbas”. O senador, que é sergipano, disse que teria orgulho se fosse paraibano, mas repudiou, segundo ele, a forma discriminatória e racista que o presidente tratou os nordestinos.
“Isso não cabe ao presidente de um país. A cada dia ele fala uma asneira e usa tons pejorativos. Ele é homofóbico, usa tom pejorativo em relação às mulheres, é racista, tem preconceito em relação a algumas religiões, como as de matriz africana. Não dá pra uma pessoa que tem o papel de unir o país, de fazer a sincronia de todas as energias necessárias pra tocar um país com a complexidade do Brasil agir da forma como ele tem agido”, lamentou.
Com informações da Nova Brasil FM
