Observação é do pré-candidato Paulo Márcio, que define a aliança como um “acordão”
Por Joedson Telles
Pré-candidato à Prefeitura de Aracaju, o delegado Paulo Márcio (DC) avaliou, nesta terça-feira, dia 4, que não existe garantia que o eleitor do ex-deputado federal Valadares Filho (PSB) aceite que de bom grado que ele retire sua pré-candidatura, para ser vice numa suposta chapa encabeçada pela pré-candidata Danielle Garcia (Cidadania). Paulo Márcio também aponta semelhanças entre o grupo de Danielle Garcia e o do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT).
“A permanência, no arco de alianças, do PSDB e do PL, controlados pelos irmãos Amorim, que foram escancaradamente preteridos na indicação do vice (e do próprio PSB) dão à aliança uma indisfarçável cara de acordão. Um acordão, diga-se de passagem, formado por um sub-grupo do blocão liderado no passado por Marcelo Déda”, observa.
Acreditando que a suposta aliança o beneficiaria indiretamente, “pois a fusão das duas chapas em uma implicaria na diminuição da quantidade de postulantes ao cargo”, Paulo Márcio diz que a aparente humildade e o desprendimento por parte de Valadares Filho, “que disputou o segundo turno de três eleições majoritárias”, podem ser interpretados como falta de confiança e capitulação ao projeto do senador Alessandro Vieira (Cidadania).
Nova política
Entendendo que alertar a população também é um dever seu, por ser pré-candidato, Paulo Márcio afirma que, se o projeto do Cidadania é apresentado como uma vertente da nova política, mas, contraditoriamente, busca sustentação em grupos e lideranças tradicionais para tentar derrotar o prefeito Edvaldo Nogueira, o eleitor precisa ser instigado a refletir sobre o que está se passando.
“Em 2018, Alessandro Vieira implodiu a aliança entre Valadares Filho e Dr. Emerson para o Governo do Estado, sob a justificativa de que a Rede Sustentabilidade (seu partido à época) não poderia se aliar à velha política dos Valadares. Se não podia aquela época, por que pode hoje? Ou Alessandro é uma espécie de Midas da política, com poder de converter políticos da velha guarda em românticos e idealistas? Honestamente, não sabia que o Renova BR também ensinava magia aos seus bolsistas”, provoca.
Acordão e manipulação
De acordo com Paulo Márcio, existe uma tentativa desesperada de polarizar a disputa entre Edvaldo Nogueira e Danielle Garcia, que tem rendido desde pesquisas pra lá de suspeitas até acordões entre gregos e troianos. “O primeiro pré-candidato luta para me silenciar; já os aliados da pré-candidata tentam tornar invisíveis as demais pré-candidaturas de oposição. Ambos darão com os burros n’água, pois o eleitor aracajuano não tolera acordão e manipulação. E, no que depender de mim, as incoerências e contradições dessas duas pré-candidaturas de esquerda serão expostas”, promete.
Paulo Márcio observa, por fim, ter muito respeito e estima pela colega delegada Danielle Garcia, por Valadares Filho, por Eduardo Amorim e por outros integrantes do novo agrupamento. “Mas vejo a formação desse grupo, sob a batuta do astuto Alessandro Vieira, como um projeto de poder hegemônico e prejudicial à democracia e ao pluralismo político, assim como o petismo. Por isso o combaterei da mesma forma que venho combatendo Edvaldo Nogueira, o PT e tudo aquilo que eles representam”.