Por Joedson Telles
O internauta mais atento à política sergipana deve se perguntar constantemente: “finalmente: quem estará com quem?” Esta e outras indagações afins emergem naturalmente diante de análises açodadas feitas sobre a eleição 2018.
Prefiro a prudência: sobretudo em se tratando do Governo do Estado, do Senado Federal, enfim, da montagem da chapa majoritária, exceto Deus, ninguém sabe ainda o que vem pela frente. Sergipe terá uma eleição atípica e qualquer opinião, neste momento de incertezas, soa chute.
Não existem elementos concretos para definições momentâneas. Quiçá – a forma como se faz política em Sergipe não crava, mas grita talvez – o eleitor não fitará, mais uma vez, no mesmo palanque os senadores Eduardo Amorim e Antonio Carlos Valadares e o governador Jackson Barreto. Talvez isso esteja fora de cogitação.
O PT e o PSDB/PSC, até por força de Brasília, continuarão se odiando. Temos ainda os chamados “pequenos radicais” que não se unem a ninguém. Mas quaisquer outras alianças – feitas ou desfeitas – só soariam surpresa aos olhos de quem desconhece o velho jogo a favorecer jogadores e mais próximos.
Não é preciso torrar a paciência do internauta listando aqui alianças feitas ou rompimento de acordos, eleição após eleição, para ilustrar o juízo. Quem não lembra que adversários de hoje estiveram no mesmo palanque ontem?
Quem desconhece que, em alguns casos, a aliança foi feita, quebrada, refeita e rompida outra vez – até um chegar ao poder e chamar o outro para participar do governo? É da política. Não sei se deveria ser, mas é. E isso deveria desmotivar analise açodada com base no vento. Juízos dispensáveis. Enganam ou se enganam? Eis o enigma.
Qualquer político, por mais líder de outros que seja, por mais prestígio, poder econômico ou quaisquer vantagens que tenha sobre os demais, se não combinar com o eleitor e ter, óbvio, o seu aval é um defunto das próximas urnas.
A panelinha política é sempre menor que o coletivo que decide a eleição com o voto – o que torna imperioso a qualquer passo dado estar atrelado a pesquisas sérias e feitas em momentos estratégicos. E lógico, não estamos vivendo este momento ainda. Uma pesquisa hoje orienta, serve para ajudar no planejamento, buscar uma linha, mas só. Definição zero.