“Todas essas leis chamam-se sabe o quê? Lei de ano eleitoral”, diz
Por Joedson Telles
O líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), resumiu os Projetos de Lei do Governo do Estado encaminhados à Alese com a promessa de conceder aumento aos servidores públicos a uma enganação política. O deputado assegurou que no texto fica evidente que os servidores só terão direito aos benefícios, caso o Estado não saia do limite prudencial, o que ele acredita que, na atual gestão, é impossível.
“Nada vai entrar em vigor. Todas essas leis chamam-se sabe o quê? Lei de ano eleitoral. Desafio entrar em vigor amanhã, após a publicação. Diga. Só há aplicabilidade quando sair do limite prudencial. Tem muita gente feliz da vida, pensando que amanhã está resolvido. Não é assim. As classes estão lutando, mas o governo, sabidamente, manda com este artiguinho: espere até o dia em que o governo sair do limite prudencial”, disse Venâncio.
Segundo o deputado, o governo não tem como sair do limite prudencial porque a máquina está inchada. “Pesada. Os cofres da Secretaria da Fazenda não suportam mais este inchaço. Sergipe tem mais secretaria que São Paulo e Minas Gerais. Secretário adjunto e sub-adjunto com toda estrutura: carro, telefone, secretária… quem é que agüenta isso? Essa lei pode enganar a quem quiser, a mim não vai. Este artiguinho aqui é tome lá de cá”, ironizou.
O deputado lembrou que o secretário de Estado da Fazenda, Jeferson Passos, esteve na Assembleia recentemente, e ao ser indagado sobre quando o Estado sairá do limite prudencial não soube responder. “Nem ele sabe. Deram calote no servidor em 2012 e 2013. Calote na metade de 2014. E como é que vai cumprir essa lei? Quando cobrávamos o aumento do servidor falavam em estudos. O estudo era este artiguinho. Os professores estão fazendo negociação de direitos tirados pelo governo do PT”, afirmou.